Não posso resistir à ternura com os animais e publico o que recebi do poeta Horácio Paiva, através do velho colega e amigo em comum Odúlio Botelho:
"Amigos,
gosto de animais, sobretudo
cachorros. Crio quatro (boxers); já criei cinco, mas o patriarca,
Bilinho, morreu... Os boxers são muito ternos. Senti muito. Agora,
cuidando de um de seus filhos (King - nasceu dia de Reis, 6/01/2011),
recentemente cirurgiado, revi um poema que fiz por ocasião da morte de
Billy... Segue a elegia:
ADEUS, BILLY
Ao meu cãozinho que se vai...
Também ficarias triste
como sempre que me vês partir...
Compartilhas o amor entre as espécies
e afinal
foram anos de alegria e ternura.
Agora
ante o anúncio do inevitável
e a proximidade do fim
não posso dizer ao pranto que nasce
subterrâneo e silencioso:
“Cala-te!”
Pois não posso salvar-te!
O meu poder
em que tanto confiavas
e julgavas infinito
é limitado...
Eu não sou Deus.
Sou apenas um herói
o teu herói
construído
pelos teus próprios sentimentos
pelo sentimento do mundo que há em ti.
Obrigado, Billy,
adeus..."
(Horácio Paiva)
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