sábado, 30 de julho de 2016

CANTIGAS DO AMIGO WELLINGTON LEIROS


“A CIDADE DO NATAL”
I
(cantada em pé quebrado)

Houve um momento em que Deus
(Em sua sabedoria)
Decidiu que haveria,
Natal.

De beleza sem igual,
Luminosa o ano inteiro,
De um povo hospitaleiro
E bom.

Eu digo em alto e bom som,
Porque isso é verdadeiro,
E eu não seria o primeiro,
Em cantá-la,

E a todos propaga-la
Do jeito que sempre faço:
jogo a corda e dou o laço
Rimando.

E assim sigo sonhando,
Pois já disseram os profetas:
Essa, é terra dos poetas,
De fato.

Natal é tudo, no prato.
É na comida brejeira
...carne de sol, macaxeira...
Sem ressalva.

No pilão de dona Adalva,
Na praia de Pirangi –
De Natal, é bem ali -,
Tem paçoca,





Peixe frito, tapioca,
Você come a se fartar.
Certamente vai voltar,
P’ra conferir.

E eu vou morrer de rir,
Quando esse dia chegar,
Para poder lhe abraçar
De novo.


II
(cantada no estilo “galope à beira mar”)

Mudando o estilo do “meu sentimento”,
Natal já nascera coberta de luz,
Da luz que cobriu o Menino Jesus,
No dia e na hora do seu Nascimento.
Por isso se diz, sem qualquer turbamento:
Natal é divina; é sem similar.
Natal é menina, com jeito de amar.
Não tem cara feia, só vive sorrindo,
Fazendo poesia do jeito mais lindo,
Cantando galope na beira do mar.

O sol vai banhando seu corpo na praia,
Tingindo de bronze a pele macia.
E a bela morena, gazela arredia,
De lábios carnudos da cor da ubáia,
Suspende com graça a barra da saia,
Correndo, sorrindo, feliz a cantar
E o vento a beijar-lhe os cabelos no ar...
Natal é assim e não tem compromisso.
O mundo é só seu, e quer mais do que isso,
Cantando galope na beira do mar.

Wellington Leiros


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