Tenho feito esforço para não trazer para o meu blog assuntos desagradáveis. Contudo, os acontecimentos que temos vivido nas administrações federal e do nosso Estado obrigam a tomar alguma posição crítica no sentido de apenas ajudar.
Em artigo anteriormente publicado, disse da perplexidade do retorno ao ódio entre familiares, amigos e colegas gerado pelas divergências políticas, ou mais exatamente, pela implantação a cargo dos adeptos do Governo e Oposição, de um movimento de discórdia, com sequenciadas traições, mas numa convergência para se conservar mamatas às custas de um Estado depauperado de recursos materiais e vergonha espiritual da classe política.
Estou verdadeiramente sem esperanças de alguma solução a curto prazo.
Esse caos político deságua numa fragilidade econômica desalentadora, que desagrega a força de trabalho e conduz a classe produtiva para dias sombrios.
Vejam só, um dos vetores do desenvolvimento, que temos em abundância em nosso Estado é o turismo - nossas praias, nossa gastronomia, a natural cordialidade do povo receptivo ao visitantes, gerador de riqueza a baixo custo. Mas em contraste, o Poder Público não garante o controle de preços, a acessibilidade e, pior que tudo, a segurança.
A violência está insuportável, com o registro diário de assaltos e arrastões em nossas capital, nas praias, a exemplo da outrora paradisíaca Cotovelo, com violentos assaltos a dois dos seus moradores, num espaço de dez dias, deixando a comunidade atônita e sem entender tamanho descaso, apesar de existir uma "suposta" força policial que controla o tráfego de veículos para as praias do sul.
A sociedade organizada precisa buscar das autoridades uma solução eficiente, como por exemplo, no caso especificado, instalando uma Delegacia de Polícia, plena e sobejamente justificada pela proximidade de um presídio de segurança máxima - Alcaçus, que não tem segurança sequer razoável, mercê das constantes e espetaculosas fugas.
Nas cercanias desse presídio, construído sem as cautelas que a engenharia exige, se alojaram pessoas de má reputação, traficantes e criminosos auxiliares, em promiscuidade com pessoas de bem que ali habitam e produzem para a sociedade.
Não dá para esperar: ou o Estado toma uma medida eficaz ou o turismo do litoral está fadado ao fracasso, pois não existe uma só família de veranistas que não tenha um episódio para contar, obrigando a contratação de segurança privada, ainda que precária, para alentar alguns dias do veraneio e outros períodos atrativos como a Semana Santa, São João ou mesmo a procura dos restaurantes nos fins de semana com suas ofertas de uma cozinha diferenciada ou mesmo um dia de descanso em comunhão com o sol.
É realmente muito triste os dias que estamos vivendo, contabilizando, como nunca antes, a falência dos equipamentos públicos construídos e não conservados e mantidos com o dinheiro sacrificado do povo.
Ao reverso disso, leis restringem o direito de aquisição de armamento para o mínimo de preservação pessoal, embora a bandidagem brinque e role com armas. Cinismo, contradição e leviandade.
Um dia desses, um querido amigo desabafou que sua filha foi assassinada num assalto e ele não teve a visita dos responsáveis pela defesa dos direitos humanos. No entanto, quando o supostos bandidos foram presos, ali se fazia presente representante dos DH para garantir a incolumidade dos acusados.
DEUS, nos proteja!
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