terça-feira, 6 de outubro de 2015

Foto de Luiza Nóbrega.
Luiza Nóbrega
CONVITES
Com alegria recebo este mês dois convites.
O primeiro, da Comissão da Verdade/UFRN, para o lançamento, no próximo dia 14, do seu relatório, ao qual prestei meu depoimento pessoal acerca da perseguição política de que fui alvo pelos órgãos de repressão da ditadura. Desde já antecipo meus cumprimentos ao seu presidente, meu amigo, o ilustre Professor e advogado Carlos D. Miranda Gomes, e ao jovem e promissor advogado, também meu amigo, Juan De Assis Almeida; cumprimentos extensivos aos demais bravos membros da egrégia Comissão, congratulando-me com todos pelos resultados obtidos graças a um continuado esforço, e com votos de que esse trabalho continue a oferecer resultados proveitosos para a nossa universidade.
O segundo, enviado por Daliana Cascudo, para o lançamento, no dia anterior (13 de outubro), do segundo volume do livro Mulheres Especiais, no qual sua mãe, Anna Maria Cascudo, homenageia algumas mulheres que considera especiais na vida cultural potiguar, entre as quais tenho a honra de estar incluída. Este segundo convite, recebi-o com a alegria de constar entre bravas, por seleção de uma bravíssima. E, contudo, à alegria misturou-se uma tristeza: a de saber que Anna só ali estará presente em espírito. O ser tão singular, que tive a felicidade de conhecer e admirar, já nos deixou, partiu este ano, levando sua luz especial, plena de genuíno e espontâneo afeto. A alegria seria completa se pudéssemos abraçá-la, em corpo físico, e não apenas lembrá-la e homenageá-la. Filha do grande Cascudo, que não conheci, Anna tinha uma personalidade marcante, própria de um QI e de uma sensibilidade acima da média. Sua presença nos transmitia uma confiança que nos fazia muito bem, e sua ausência é daquelas que sentimos profundamente. Que sua generosidade irradiante e cativante nos sirva sempre de exemplo.

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