(A QUESTÃO DAS DROGAS) - POR EDUARDO ANTONIO GOSSON.
OEA sugere possível legalização da maconha
nas Américas.
Por Eduardo Gosson
Documento é o primeiro de organização
multilateral a contemplar possível
legalização da maconha
Um relatório sobre drogas divulgado pela
Organização dos Estados Americanos
(OEA) na noite de sexta-feira na Colômbia
sugere a possibilidade da legalização
da maconha no continente americano.
O documento é o primeiro
de uma organização
multilateral a admitir a possibilidade de
legalização. A OEA reúne os 35 Estados
independentes das Américas. Tópicos
relacionados O relatório foi entregue
pelo secretário-geral da OEA, o chileno
José Miguel Insulza, ao presidente
da Colômbia, Juan Manuel Santos,
anfitrião da Sexta
Cúpula das Américas, realizada no
ano passado, quando se encomendou
o relatório para analisar a chamada
"guerra às drogas". O estudo da
organização concluiu que a questão
do uso de drogas
deveria ser tratada primordialmente
como uma questão de saúde pública
e que os usuários deveriam ser
tratados como doentes, não
processados criminalmente.
O documento também
destaca as grandes somas de dinheiro
que poderiam ser poupadas pelos
governos com a reavaliação
da guerra às drogas. Apesar
disso, o relatório diz que não há
apoio suficiente entre os países
membros da OEA para a legalização
das drogas ilícitas consideradas mais
sérias, como cocaína e heroína.
Discussões políticas
"O relatório que a OEA nos entregou
hoje é uma peça importante para a
construção de um caminho que
nos permita enfrentar esse problema",
afirmou o presidente colombiano,
um dos principais
defensores de mudanças na guerra
às drogas.
"Agora que o trabalho real começa,
que é a discussão (do relatório) no
nível político",
disse. "Vamos deixar claro que ninguém
aqui está defendendo nenhuma posição,
nem legalização, nem regulação, nem
guerra a qualquer custo. O que precisamos
fazer é usar estudos sérios e bem
considerados como
esse que a OEA nos apresentou hoje para
buscar melhores soluções", disse. Insulza,
por sua vez, disse que o objetivo do
relatório era "não esconder nada" e
mostrar como o
problema das drogas "afeta cada país
e região, o volume de dinheiro que as
drogas fazem circular e quem se
beneficia dele, mostrar como
as drogas corroem a organização social,
a saúde pública, a qualidade do governo
e até mesmo a democracia". O relatório
chama a atenção para o fato de que as
Américas são a única região do mundo
na qual todas as
etapas relacionadas às drogas estão
presentes: cultivo, produção, distribuição
e consumo.
Além disso, indica o documento, a
região concentra aproximadamente
45% dos usuários de cocaína do mundo,
cerca de 50% dos usuários de heroína
e um quarto dos consumidores de
maconha. O consumo
de drogas no continente gera, segundo
a OEA, US$ 151 bilhões anuais somente
com a venda do produto. "A relação
entre as drogas e a violência é uma das
muitas causas de temor entre nossos
cidadãos e contribui para tornar a
segurança uma das questões mais
preocupantes para os
cidadãos de todo o hemisfério",
afirmou Insulza. "Esta situação
precisa ser enfrentada com maior
realismo e efetividade se quisermos
avançar", disse.
multilateral a contemplar possível
legalização da maconha
Um relatório sobre drogas divulgado pela
Organização dos Estados Americanos
(OEA) na noite de sexta-feira na Colômbia
sugere a possibilidade da legalização
da maconha no continente americano.
O documento é o primeiro
de uma organização
multilateral a admitir a possibilidade de
legalização. A OEA reúne os 35 Estados
independentes das Américas. Tópicos
relacionados O relatório foi entregue
pelo secretário-geral da OEA, o chileno
José Miguel Insulza, ao presidente
da Colômbia, Juan Manuel Santos,
anfitrião da Sexta
Cúpula das Américas, realizada no
ano passado, quando se encomendou
o relatório para analisar a chamada
"guerra às drogas". O estudo da
organização concluiu que a questão
do uso de drogas
deveria ser tratada primordialmente
como uma questão de saúde pública
e que os usuários deveriam ser
tratados como doentes, não
processados criminalmente.
O documento também
destaca as grandes somas de dinheiro
que poderiam ser poupadas pelos
governos com a reavaliação
da guerra às drogas. Apesar
disso, o relatório diz que não há
apoio suficiente entre os países
membros da OEA para a legalização
das drogas ilícitas consideradas mais
sérias, como cocaína e heroína.
Discussões políticas
"O relatório que a OEA nos entregou
hoje é uma peça importante para a
construção de um caminho que
nos permita enfrentar esse problema",
afirmou o presidente colombiano,
um dos principais
defensores de mudanças na guerra
às drogas.
"Agora que o trabalho real começa,
que é a discussão (do relatório) no
nível político",
disse. "Vamos deixar claro que ninguém
aqui está defendendo nenhuma posição,
nem legalização, nem regulação, nem
guerra a qualquer custo. O que precisamos
fazer é usar estudos sérios e bem
considerados como
esse que a OEA nos apresentou hoje para
buscar melhores soluções", disse. Insulza,
por sua vez, disse que o objetivo do
relatório era "não esconder nada" e
mostrar como o
problema das drogas "afeta cada país
e região, o volume de dinheiro que as
drogas fazem circular e quem se
beneficia dele, mostrar como
as drogas corroem a organização social,
a saúde pública, a qualidade do governo
e até mesmo a democracia". O relatório
chama a atenção para o fato de que as
Américas são a única região do mundo
na qual todas as
etapas relacionadas às drogas estão
presentes: cultivo, produção, distribuição
e consumo.
Além disso, indica o documento, a
região concentra aproximadamente
45% dos usuários de cocaína do mundo,
cerca de 50% dos usuários de heroína
e um quarto dos consumidores de
maconha. O consumo
de drogas no continente gera, segundo
a OEA, US$ 151 bilhões anuais somente
com a venda do produto. "A relação
entre as drogas e a violência é uma das
muitas causas de temor entre nossos
cidadãos e contribui para tornar a
segurança uma das questões mais
preocupantes para os
cidadãos de todo o hemisfério",
afirmou Insulza. "Esta situação
precisa ser enfrentada com maior
realismo e efetividade se quisermos
avançar", disse.
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Fonte: Blog da UBE, da responsabilidade de
LÚCIA HELENA PEREIRA
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