quinta-feira, 25 de julho de 2013

SAUDADES DA CONFRARIA



Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor e advogado
Os afazeres assumidos após a minha aposentadoria e, apesar do meu estado de saúde com mazelas e sequelas de tratamentos, não conseguem impedir o meu comprometimento com as entidades culturais às quais pertenço, como OAB/RN, Academia Macaibense de Letras, Academia de Letras Jurídicas do RN, Instituto Norte-Riograndense de Genealogia, União Brasileira de Escritores e Instituto Histórico e Geográfico do RN.
Infelizmente, para poder atender aos encargos que me são delegados, todos eles a titulo gratuito, me têm privado do prazeroso convívio com os amigos da Confraria da Livraria Câmara Cascudo – último moicano das livrarias regulares da Cidade Alta.
Sinto falta e muito das discussões científicas, literárias, transcendentais, mundanas e telúricas que as reuniões proporcionam, sempre regada a bolo e café gentilmente ofertado por Marconi Macedo, que é cria da velha Livraria Universitário do tempo de seu Walter Pereira.
Ali nós conseguimos resolver os problemas do mundo, numa visão humanística, poética e fraterna dos integrantes e de uma forma gostosa. Aprendo todo dia com aquela turma.
De quando em vez registramos alguma baixa, como ocorreu com o Dr. José Pinto; outras vezes temos o temporário afastamento de algum dos seus membros, como o caso do Dr. Manoelzinho, que deve estar lutando para salvar o seu rebanho da seca. Outros, ainda, são viajantes e viajeiros.
Acontece, também, aqui e ali um afastamento provisório por alguma questão linguística, futebolística ou ecumênica discordante, mas nada que faça não se encontrar o caminho da volta.
No meu caso, o afastamento é pela dedicação maior que estou dando ao IHGRN, em período de restauração administrativa, com indicativos para reconstrução física e ampliação cultural, para cujo desiderato temos um mandato de apenas três anos.
Sempre que posso, dou uma esticadinha nas segundas-feiras, antes da reunião ordinária que fazemos permanentemente ou na sexta-feira, quando não sou convocado para a ALEJURN.
Esse afastamento venial faz com que eu realmente possa medir o bem que faz a Confraria da Livraria Câmara Cascudo, mantendo altaneira a bandeira dos pioneiros do “Clube dos Inocentes”, e guardando o mesmo sentimento de universalidade e igualdade entre todos. Pena que não se tenha tantas medalhas para distribuição entre os presentes durante a reunião, como faziam Cascudinho e Vivi.
Meu abraço fraterno para todos e tenham a certeza que não permitirei ser atingido pela prescrição!

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