sexta-feira, 12 de abril de 2013



Casarão em ruínas será restaurado

Publicação: 11 de Abril de 2013 às 00:06

Vinícius Menna - Repórter

Construído em 1908, o prédio que abrigou a antiga Faculdade de Direito, o Grupo Escolar Augusto Severo, a Escola Normal de Natal, um anexo do Atheneu Norte-Rio-Grandense e a Secretaria de Segurança Pública, por décadas, encontra-se hoje em avançado estado de deterioração e sem nenhum uso que valorize a sua importância histórica. A cobertura e o teto da edificação estão comprometidos. Há infiltrações nas paredes, boa parte do piso está destruído e o lixo toma conta do espaço. Mas essa realidade poderá mudar em breve.
Edu BarbozaDeterioração tem avançado, ano após ano, devido ao abandonoDeterioração tem avançado, ano após ano, devido ao abandono

Em audiência realizada ontem na Justiça Federal, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) assumiu a responsabilidade de restaurar, preservar e dar um novo destino à edificação centenária. Num projeto com recursos que ultrapassam R$ 2 milhões, a UFRN – em consórcio com o Município de Natal – aguarda definição do Ministério da Cultura, pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas para iniciar a recuperação do prédio. Segundo o superintendente de Infraestrutura da UFRN, Gustavo Coelho, o resultado deve sair até o fim do mês.

Beleza

Situado em frente à Praça Augusto Severo, ponto tradicional de Natal, o prédio de nº 261 chama a atenção de quem passa tanto pela beleza que reserva, como abandono da obra.

O mato cresce farto na parte frontal do terreno, entre bancos e escadarias por onde vários estudantes transitaram durante o início do século XX. As estátuas no topo da edificação ainda resistem ao tempo, sendo testemunhas das várias camadas de tinta descascada que a fachada do prédio apresenta. Alguns azulejos das colunas que sustentam os corrimões de acesso ao prédio já não estão mais ali.

Sujeira

O piso do saguão de entrada, que aparenta ser o original, está fosco de tanta sujeira e tem buracos. No teto, se vê mais céu do que cobertura: tanto o telhado quanto o forro de gesso estão deteriorados. No interior do prédio, o piso mostra-se ainda mais comprometido. O chão de madeira de uma das salas está destruído quase em sua totalidade.
Edu BarbozaNa área interna, parte do teto já desabou em vários salõesNa área interna, parte do teto já desabou em vários salões

O mal cheiro é forte e as paredes estão cobertas de manchas, causadas por infiltrações, além de buracos. Em alguns locais, plantas brotam nas paredes, em outros cupins tomam conta da madeira de janelas de vidraças quebradas ou do chão de taco.

Pixação

Como se não bastasse a ação do tempo, em uma das paredes laterais, no lado de fora do prédio, há registros que apontam para a depredação feita pela mão do homem, evidenciada pela pixação: “Centro de Recuperação / Não cabre (sic) mais gente”. O cenário é triste. Não tem como não lembrar dos versos do poeta Vinícius de Morais: “Era uma casa muito engraçada / não tinha teto, 
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FONTE: TRIBUNA DO NORTE (11.4.2013)

COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO:
Foi uma luta de mais de duas décadas, da qual participei ativamente, mas sem sucesso. Agora, no entanto, com as providências do Juiz IVAN LYRA DE CARVALHO e do advogado público RICARDO ALCÂNTARA, ambos professores da UFRN, acredito que a coisa vai mudar. VAMOS À LUTA PARA RECUPERAR A MEMÓRIA DOS ESTUDANTES DE DIREITO, RESTAURANDO A VELHA E TRADICIONAL FACULDADE DE DIREITO DA RIBEIRA.

Um comentário:

  1. AI QUE SAUDADES DA MINHA TERRA CIDADE DE NATAL ,,ESTUDEI NO GOLEGIO AUGUSTO SEVERO ,,NO ATENEU ,,FUI MISSE ESTUDANTIL NO COLEGIO 7 DE SETEMBRO EM 1960 TEMPOS MARAVILHOSO GRANDES AMIGOS ,,AGORA VEJO O CASARÂO EM RUIMA É MUITO TRISTE,ESPERO QUE RESTAUREM LOGO ,,SAUDADES

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