domingo, 9 de setembro de 2012

ESPAÇO DOMINICAL DE POESIA

BENDIZER

Odúlio Botelho Medeiros

(madrugada do dia 05.09.12)



BENDIGO o dia que amanhece com os seus raios de vida e calor.

BENDIGO a fé nas alturas que alimenta e nutre o espírito.

BENDIGO a virtude que educa e fomenta a paz.

BENDIGO a amizade que semeia o bem e enaltece a
gratidão.
BENDIGO o perdão que dignifica os gestos e alcança a alma.

BENDIGO a família que fortalece o ânimo e afasta a solidão.

BENDIGO o amor que motiva e transborda as fibras do coração.

BENDIGO a Deus que é a razão maior da existência.






Confidências Um amar por querer-te anda...
Oliveira Do Cordel 6.Set.2012
Confidências

Um amar por querer-te anda perdido,
Não vislumbra futuro ou direção,
Amargando tamanha rejeição,
Que até eu, seu penar, tenho sentido...

Tal amar de um sofrer admitido,
Conformado com abnegação,
Suportando a malvada solidão,
Que até eu, também fico comovido...

E se perde ao tentar te esquecer,
Ao tentar só aumenta esse querer,
E assim já se torna um indigente.

E por não conseguir o seu intento,
Só me resta juntar-me ao seu lamento,
E por dó me tornar seu confidente...

Valdir Oliveira(Oliveira do Cordel)
© Direitos Reservados


Francisco Martins  29.Ago.2012
MEU VOTO - MEU VIVER

O voto é importante
pra tudo transfomar
mas tenha muito cuidado

quando você for usar
pois se escolher errado
graves danos vai causar.

Lembro de uma cidade
que elegeu borboleta
depois do inseto posto
virou foi um capeta
a cidade ficou suja
furada por baioneta

As ruas emburacadas
pareciam tatulândia,
a saúde esquecida,
sem doutor e ambulância
o caos tomava conta
na gestão da ignorância

Seu voto é valioso
nada pode superá-lo
use na democracia
onde deve aplicá-lo
com câmara e prefeito
para bem representá-lo.

Beleza não põe a mesa
diz o dito popular
seu voto não é espelho
para outros enfeitar
por isso não tenha pressa
na hora que for votar.

Desconfie de todo homem
que aparece em eleição
sorrindo, dando tapinhas,
lhe chamando amigão
este cabra nada vale
tá armando alçapão.

Quem cair em armadilha
sofre como um mocó
procurando uma toca
nas serras do Seridó,
se encontra, logo nota
que ele não está só.

"Eu destesto a política"
tem gente que diz assim
"Nela só tem bandido,
prefiro meu camarim"
Agindo desta maneira
perdemos até o fim.

Votar branco não ajuda
purificar o ladrão
é preciso consciência
nesta nova abolição
somente sendo sujeito
se constrói uma nação!

Houve tempo na história
que voto tinha cabresto,
major era vaqueiro,
morador sem ter pretexto
votava sem escolher
era grande desembesto.

Mas chegou a liberdade
tempo novo sim senhor
onde povo sem pressão
não tem mais um agressor
é somente a vontade
que responde o clamor.

Quatro anos vai valer
quem você for escolher
pense bem, não venda voto
pra depois arrepender
eleição é coisa seria
dói no bolso pode crer!

Mané Beradeiro
Parnamirim-RN, 28.ago.2012



MAIS A GOSTO, E BOM GOSTO.

É do todo mês de agosto, a




3ª Peça Poética da Série: Poemas de agosto.
s tantas
visões loucas com muito desgosto.
Ressaca do mar e o cachorro louco.
E mirando luz quero paz um pouco.
O sol de agosto no bem que plantas
pulsar de júbilos e o apreço reposto.

Há de ser do seu gosto, nosso amor.
O meu querer pede seu muito gostar.
Saltar do sentir em voar pleno gosto
é coronária vertigem no rubro rosto
e tez quente na vez paixão do ansiar.
Gozo e bom gosto ser não rima dor.

Não gosto das tristezas e maldades.
A claridade deve ser o trilho do dia.
Todo instante do gostar é bem feito
e traz encanto do bom viver perfeito.
O amor e o carinho - peça da poesia
são brilhos do viver com felicidades.

É paixão do meu bom gosto, te amar
rebelde feito águas do mar de agosto.
Doce coração surfando em forte onda,
ágil e tão rítmica, para célere noticiar:
gosto e sabor língua do palato que há
– no ósculo do bem querer que sonda.

Natal, RN, Brasil, 18/08/2012.





"Canto da quase aurora"


Quando a noite terminou

eu já esperava
esse amanhã de sol
derramado sobre as últimas estrelas


Constelação

conspiração
silêncio


Mas os ruídos do dia

envolvem o silêncio
e o que foi místico noturno
se perde no infinito do tempo


Sem ter estrelas

para se contar
sem ter saudade
para se chorar
sem ter aurora
para se orvalhar
sem ter caminho
para percorrer
sem ter amor
para esquecer
sem ilusão
para fazer sofrer


Mas não termina a noite

é madrugada ainda
e fervente o amor
que os teus lábios digam
eu quero louco
neste romper de dia
povoar a solidão do ter corpo


Recife, agosto/1982

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