Minhas Cartas de Cotovelo – verão de 2021-19
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes
DIA 16 DE MARÇO DE 1963/2021
Foi nesta data, há 58 anos que, na capela de Santo Antônio, da Diocese da Santíssima Trindade, na cidade de Belém, Estado do Pará, que aconteceu a minha união com THEREZINHA ROSSO GOMES.
Longo percurso, iniciado em 1948 quando chegamos à Rua Meira e Sá, vindos de Macaíba, onde o meu pai era Juiz de Direito, quando nos encontramos pela primeira vez e daí caminhamos até sua partida no dia 31 de março de 2019.
Assim ela se pronunciou num escrito encontrado após o seu encantamento:
Foi no ano de 1948, numa bonita casa (Rua Meira e Sá, 120 – Barro Vermelho), que chegava um caminhão de mudanças para abrigar uma família – do Juiz José Gomes da Costa, casado com Dona Maria Lígia de Miranda Gomes e seus filhos. Não sabia na minha ingenuidade, que aquele caminhão e aquela família chamava-se “Felicidade”.
Sim, “Felicidade” é o nome perfeito, porque ali, entre aqueles filhos do casal (que também se amava muito) estava o homem da minha vida, o homem que seria futuramente meu Grande Amor.”
Passaram-se anos e sempre um ao lado do outro sem perceber e saber que um pertenceria um ao outro. Enfim um grande amor.
Hoje, nas águas tranquilas de Cotovelo, lembro muito bem o carinho que ela devotava a este recanto do litoral sul, conforme registrou em seu diário:
Nossa casa, nosso paraíso COTOVELO
Não sei porquê lá nós somos diferentes.
Parecemos até adolescentes.
Porquê?
Será este mar mexe com a gente?
Este mar tem um feitiço.
Deixa a gente diferente.
Nós cantamos, declamamos e amamos também.
Um amor só da gente
Um amor diferente
Um amor envolvente.
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Que alegria quando vejo todos juntos a mim – não é egoísmo, é amor.
A nossa casa na praia é nosso paraíso,
construída com aquele desejo enorme de nos reunir.
Cada tijolo que subia, seu pai sorria de alegria,
por ter realizado o grande sonho. Cotovelo nosso ninho. (1997)
Aqui vivemos com ela o seu último veraneio (janeiro/fevereiro 2019). Voltaríamos para o Carnaval – chegamos a comprar as camisas de 3ª Cotovelada, mas a enfermidade foi rápida demais e nos levou a razão de toda a nossa felicidade. Agora só restam a saudade e o relembrar de dias tão ditosos.
Um beijo minha querida. Estou aqui em Cotovelo aguardando o nosso reencontro.
Emocionantes relatos. São declarações de amor que ficarão eternizadas. Fraterno abraço estimado Tio. À querida Tia minhas saudosas lembranças e o meu muito obrigado por tudo que ela representa para mim,
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