sexta-feira, 12 de junho de 2020



DIA DOS NAMORADOS DIFERENTE
Carlos Roberto de Miranda Gomes

                A data de 12 de junho sempre me foi cara, pois oportunizava uma renovação do amor com a minha THEREZA em algum lugar desta cidade que já foi pacata, ou mesmo em casa, ressalvando apenas o que aconteceu no mesmo dia de 1997 quando dando aula na UnP da Salgado Filho sofri um infarto e fui levado ao Hospital PAPI pelos meus diletos alunos.
O tempo passou no seu caminhar natural e as comemorações se mantiveram íntegras, puras, como no tempo em que nos conhecemos. Era um jantar, ouvir músicas, trocar confidências, lembrar a caminhada juntos, que durou 71 anos (56 de casados).
Ela nunca esquecia o Dia dos Namorados e isso foi para mim um bálsamo de renovação do nosso amor.
Hoje, não bastasse a ausência da minha amada, fui surpreendido pela solidão compulsória dessa pandemia que tem trazido reflexões existenciais, pondo em meu caminho o conhecimento de coisas deletérias e possibilitando a revisão de conceitos, de fatos, coisas e pessoas, numa sequência não desejada, que obriga uma nova tomada de posição em todos os sentidos.
Com o confinamento compulsório passei a viver mais assiduamente com meus filhos e netos e neles reconheci que nossa família existe em estado de pureza, tudo decorrente da educação que THEREZINHA ROSSO nos deu, sendo o centro das nossas conversas e depoimentos que sublimam a nossa convivência.
Nada a reclamar e tudo a agradecer pelo tempo que Deus permitiu aquela doce presença, razão que me faz fazer estas divagações e renovar o meu bem querer.
Tenho a certeza que com o terminar da pandemia, voltarei como novo homem e saberei guardar aqueles verdadeiros amigos, confrades e companheiros.
Ao meu AMOR um beijo final de saudade.

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