DIA DOS NAMORADOS
DIFERENTE
Carlos Roberto de
Miranda Gomes
A data de 12 de junho sempre me foi
cara, pois oportunizava uma renovação do amor com a minha THEREZA em algum
lugar desta cidade que já foi pacata, ou mesmo em casa, ressalvando apenas o que aconteceu no mesmo dia de 1997 quando dando aula na UnP da Salgado Filho sofri um infarto e
fui levado ao Hospital PAPI pelos meus diletos alunos.
O tempo passou no seu
caminhar natural e as comemorações se mantiveram íntegras, puras, como no tempo
em que nos conhecemos. Era um jantar, ouvir músicas, trocar confidências,
lembrar a caminhada juntos, que durou 71 anos (56 de casados).
Ela nunca esquecia o Dia
dos Namorados e isso foi para mim um bálsamo de renovação do nosso amor.
Hoje, não bastasse a
ausência da minha amada, fui surpreendido pela solidão compulsória dessa
pandemia que tem trazido reflexões existenciais, pondo em meu caminho o
conhecimento de coisas deletérias e possibilitando a revisão de conceitos, de
fatos, coisas e pessoas, numa sequência não desejada, que obriga uma nova tomada
de posição em todos os sentidos.
Com o confinamento
compulsório passei a viver mais assiduamente com meus filhos e netos e neles
reconheci que nossa família existe em estado de pureza, tudo decorrente da
educação que THEREZINHA ROSSO nos deu, sendo o centro das nossas conversas e
depoimentos que sublimam a nossa convivência.
Nada a reclamar e tudo a
agradecer pelo tempo que Deus permitiu aquela doce presença, razão que me faz
fazer estas divagações e renovar o meu bem querer.
Tenho a certeza que com o
terminar da pandemia, voltarei como novo homem e saberei guardar aqueles
verdadeiros amigos, confrades e companheiros.
Ao meu AMOR um beijo
final de saudade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário