FACULDADE DE DIREITO DE NATAL
Os alunos,
ex-alunos e Professores em exercício ou aposentados vão comemorar os 70 anos do
Curso de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), criado
no dia 15 de agosto 1949, como Faculdade de Direito de Natal, através da
Lei Estadual nº 149, de 15 de agosto de 1949, sancionada pelo Governador José
Augusto Varela. Mas só foi efetivamente instalada e autorizada em 1954 com o
decreto federal n.º 36.387, de 25 de outubro, e o primeiro vestibular só
ocorreu no ano seguinte, 1956, quando aconteceu o início das atividades
letivas. Sua primeira sede foi no bairro da Ribeira, ao lado do atual
Teatro Estadual Alberto Maranhão, onde inicialmente foi o Grupo Escolar Augusto
Severo.
É importante registrar, que a ideia da criação de um primeiro curso jurídico no
estado foi do professor Luís Soares de Araújo. O surgimento do curso foi um
marco divisor na educação superior da cidade, pois a partir daquele momento, os
estudantes não mais precisariam do sacrifício de deslocamento a outros estados.
A relevância do curso de Direito para a UFRN e o
Rio Grande do Norte é indiscutível. Prova disso é que os concluintes do curso
ocuparam e ocupam cargos de destaque no cenário político e profissional do
país, nas funções executivas, legislativas federal, estadual e municipal, na
Magistratura regular e superior, no Ministério Público, Assessorias Jurídicas,
Defensoria Pública, Polícia Civil, Advocacia pública e privada e Magistério
superior. Além de ser um dos principais pontos de movimentação política e de
luta estudantil dentro da Universidade e da sociedade potiguar. Os estudantes
fazem parte ativa desse contexto, com assento nas comissões e movimentos
institucionais e sociais.
A primeira turma, 1959, com denominação de Turma Clóvis Bevilaqua,
seu patrono e paraninfo Edgar Ferreira Barbosa, teve a seguinte a sua
composição: Ivan Maciel de Andrade, Ana Maria Cascudo, Zélia Madruga, Genilde
Urbano, Eider Furtado de Mendonça e Menezes, Luciano Nóbrega, Elmo Pignataro,
Francisco Dantas Guedes, Othon Oliveira, Jaime Hipólito Dantas, Geraldo Isaias
de Macedo, Reginaldo Teófilo da Silva, Ernani Alves da Silveira (1º Presidente
do DAAC), Murilo Moreira Veras, Francisco de Assis Teixeira, Arnaldo Arsênio de
Oliveira, Pedro Martins Mendes, Nice Menezes de Oliveira, Emilson Torres dos
Santos Lima, Valdir da Silva Freire, Hebe Marinho Nogueira Fernandes, Jaime
Galvão Revoredo, Pedro Cortez de Araújo Amorim, Arilda Tânia Cavalcanti
Marinho, Antônio Emerenciano de A. Sobrinho, Nildo João Mathias Alff, Terezinha
de Almeida Galvão, João Eudes Pessoa, Arthur Luiz de Araújo, Enélio Lima
Petrovich, José Cabral Pereira, Cleóbulo Cortez Gomes, Geraldo Guedes Dantas,
José Daniel Diniz, Antonio Francisco Correa, Irineu Martins de Lima, Francisco
Berilo Pinheiro Wanderley e João Damasceno de Oliveira.
Essa ocasião é propícia para ser feita uma moção ao Magnífico Reitor
no sentido de restaurar a história da Faculdade, com a afixação das placas dos
concluintes em local adequado até que seja restaurado o prédio da velha
Faculdade da Ribeira.
A propósito, tomei a iniciativa, com a ajuda do ex-aluno Juan de Assis Almeida, com autorização do Reitor, para localizar as placas de formatura, trabalho ainda não concluído face ao desconhecimento de onde elas estão guardadas, senão meia dúzia delas, bastante desgastadas, fato que vem causando transtornos à própria UFRN e aos dirigentes do Curso de Direito, daí o adiamento de solenidade que seria realizada hoje, para o dia 30 de setembro, com uma semana de atividades que estão sendo programadas pela própria entidade de ensino superior.
Não podemos deixar passar essa oportunidade para, em definitivo, termos uma definição sobre a conservação da história do nosso curso. Aguardem que daremos informações precisas oportunamente.
Fontes: Boletim UFRN/AGECOM e
Wikipédia, blog Natal de Ontem e documentos pessoais de alguns estudiosos do
Direito ou de História.
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