Por esses dias tive a atenção voltada para as competentes performances de uma cantora radicada em minha terra, Natal/RN, que é muito elogiada entre seus pares por seu timbre, afinação e repertório. Lysia Condé vem conquistando, na capital potiguar, admiração e respeito de um público crescente, se apresentando em importantes palcos e espaços de valorização da música local. Do seu site próprio colhi alguns dados que passo a expor.
Lysia nasceu no ano de 1973, em Rio Pomba/MG, e desenvolveu desde criança seu gosto pelo canto, ajudada pelo convívio musical no ambiente familiar. Cresceu apreciando a poesia e sonoridade dos artistas que projetaram a música de Minas Gerais, como o Clube da Esquina. Ainda menina, por seu ouvido apurado, além de voz doce e suave, era sempre escolhida para apresentações escolares e teatrais. No teatro local encontrou espaço para expressar duas expressões de sua arte: a interpretação e o canto. Mas a alternativa para seu desenvolvimento profissional foi através do ensino universitário, na vizinha cidade de Juiz de Fora, onde cursou Ciências Sociais, tendo, em seguida, feito mestrado em Antropologia, na cidade de Niterói/RJ.
Lysia se transferiu para Natal/RN no ano de 2007, o que lhe possibilitou retomar o antigo sonho de se desenvolver como cantora. Para isso, frequentou curso específico na Escola de Música da UFRN, e passou a se apresentar em recitais da instituição. Em 2010 resolveu se profissionalizar, ampliando os locais de exibições, e gravando um EP de demonstração. Em 2014 gravou seu primeiro CD, o “Lysia Condé”, cujo show de lançamento ocorreu no dia 15 de fevereiro, na Casa da Ribeira. É desse show o vídeo que compartilho, em que ela canta, com magistral interpretação, o imortal “Corta-jaca”, da famosa Chiquinha Gonzaga.
CORTA-JACA
Chiquinha Gonzaga
Chiquinha Gonzaga
Neste mundo de misérias
Quem impera
É quem é mais folgazão
É quem sabe cortar jaca
Nos requebros
De suprema, perfeição, perfeição
Quem impera
É quem é mais folgazão
É quem sabe cortar jaca
Nos requebros
De suprema, perfeição, perfeição
(Refrão)
Ai, ai, como é bom dançar, ai!
Corta-jaca assim, assim, assim
Mexe com o pé!
Ai, ai, tem feitiço tem, ai!
Corta meu benzinho assim, assim!
Ai, ai, como é bom dançar, ai!
Corta-jaca assim, assim, assim
Mexe com o pé!
Ai, ai, tem feitiço tem, ai!
Corta meu benzinho assim, assim!
Esta dança é buliçosa
Tão dengosa
Que todos querem dançar
Não há ricas baronesas
Nem marquesas
Que não saibam requebrar, requebrar
Tão dengosa
Que todos querem dançar
Não há ricas baronesas
Nem marquesas
Que não saibam requebrar, requebrar
Este passo tem feitiço
Tal ouriço
Faz qualquer homem coió
Não há velho carrancudo
Nem sisudo
Que não caia em trololó, trololó
Tal ouriço
Faz qualquer homem coió
Não há velho carrancudo
Nem sisudo
Que não caia em trololó, trololó
Quem me vir assim alegre
No Flamengo
Por certo se há de render
Não resiste com certeza
Com certeza
Este jeito de mexer
No Flamengo
Por certo se há de render
Não resiste com certeza
Com certeza
Este jeito de mexer
Um flamengo tão gostoso
Tão ruidoso
Vale bem meia-pataca
Dizem todos que na ponta
Está na ponta
Nossa dança corta-jaca, corta-jaca!
Tão ruidoso
Vale bem meia-pataca
Dizem todos que na ponta
Está na ponta
Nossa dança corta-jaca, corta-jaca!
Nenhum comentário:
Postar um comentário