O TEMPO DAS DIFICULDADES
Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor
A incerteza povoa o cotidiano, em todos os sentidos – o financeiro atormentando o cidadão, que vê sumir a sua estabilidade, senão para os que labutam nas esferas do Legislativo e Judiciário, que ainda acumulam ganhos extras, recebem suas remunerações em dia, numa proporção desequilibrada com os resultados de suas atribuições.
Falamos em causa própria – a cada dia vimos suportando o peso dessa dificuldade, com perspectiva remota de solução em razão da idade, com ações sem solução, mas com despesas necessariamente presentes e imediatas.
Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor
Decorrente das más administrações públicas, a dificuldade passou a ser
a expressão mais evidente nesses dias tormentosos em que vivem o Brasil
e o Estado do Rio Grande do Norte.
A incerteza povoa o cotidiano, em todos os sentidos – o financeiro atormentando o cidadão, que vê sumir a sua estabilidade, senão para os que labutam nas esferas do Legislativo e Judiciário, que ainda acumulam ganhos extras, recebem suas remunerações em dia, numa proporção desequilibrada com os resultados de suas atribuições.
Falamos em causa própria – a cada dia vimos suportando o peso dessa dificuldade, com perspectiva remota de solução em razão da idade, com ações sem solução, mas com despesas necessariamente presentes e imediatas.
No campo da cultura, vemos o
descaso, omissão e esquecimento, levando o desespero para quem ainda
acredita que esse segmento da vida deve ser prestigiado. É possível
dizer que é uma atividade mendicante.
O social oferece um
verdadeiro paradoxo, com a ostentação de uns poucos, com viagens de gozo
ao exterior, festas desmedidas, luxo – em detrimento das dificuldades
da maioria dos seus semelhantes, que somente encontram conforto quando
se albergam na transcendência com o Divino.
A educação está em
decadência e em todos os níveis, em alguns casos gerando desistência, no
encontro da marginalidade; em outros o engajamento em ideologias
estranhas e inoportunas. Vejam o absurdo, exatamente quando se anunciam
as provas do ENEM, o Governo decreta o horário de verão, tumultuando os
jovens que buscam a esperança de dias melhores, o que, certamente, trará
uma confusão desnecessária.
Quando se invoca a saúde, aumenta a dó
do povo, que se submete a esperas de atendimento desconfortáveis, ou
melhor avaliando, desesperadoras, sem perspectiva de solução a curto
prazo.
Segurança Pública é uma piada, os bandidos diariamente
arrombam tudo, do patrimônio público e do privado. Recentemente, em
prédios vizinhos da nossa casa, assistimos o arrombamento de uma
residência fechada de onde levaram tudo – o possível (móveis) e o
impossível – (as grades que? pretendiam dar segurança!). A Polícia foi
chamada, mas pela falta de equipamentos chegou com atraso (foi feita até
a filmagem do desfile dos bandidos conduzindo as pesadas peças
surrupiadas).
Agora roubam os hidrômetros e o cidadão ainda tem o transtorno de ir fazer um BO para poder comunicar o fato à CAERN e ter restabelecido o fornecimento de água.
Agora roubam os hidrômetros e o cidadão ainda tem o transtorno de ir fazer um BO para poder comunicar o fato à CAERN e ter restabelecido o fornecimento de água.
Já pelo lado da convivência
familiar e com os amigos, tivemos uma grave afetação com a recente
campanha política, movida por ódio ou indiferenças, partindo a
fraternidade e a cooperação. Mas os políticos derrotados insistem em
reagir com violência de toda ordem, incentivando o revanchismo. É esse o
Brasil que queremos???
Está tudo muito difícil, temos que mudar essas formas distorcidas de conduta e só encontramos um caminho:
"Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram. Tende a
mesma estima uns pelos outros, sem pretensões de grandeza, mas
sentindo-vos solidários com os mais humildes; não vos deis ares de
sábios. (Rm 12, 15-16)."
Uma corrente só tem resistência quando estão muito bem atrelados os seus elos.
É preciso que os brasileiros busquem o melhor para suas vidas sem deixar que o seu partido político lhe conduza para o ódio e vingança. Quem busca ou permite ser conduzido por sentimentos nocivos o primeiro mal que faz é a si mesmo.
ResponderExcluirSempre as doces palavras da ROSA e a agudeza do CARLOS tornam mais leves nossa labuta diária.
ResponderExcluirTambém rogo por dias mais serenos em nosso Brasil e a manutenção do Estado Democrático em nosso meio sócio-político-institucional.
sempre lucido e atento a nossa realidade nacional.obrigado Dr. Carlos Gomes
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