PRECIPITAÇÃO DAS
DENÚNCIAS OU FALÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO
Com alguma preocupação pelo que possa
resultar destas minhas meditações matinais, em especial no que vou abordar
agora, sinto-me impulsionado pelo ideal de Justiça que cultivei em minha
trajetória de vida, quase octogenária.
As recentes decisões do Supremo
Tribunal Federal, modificando a sua tradição jurisprudencial, tendo por
consequência a soltura de pessoas condenadas ou anulando/ tornando
improcedentes processos contra pessoas do mais alto escalão, trazem insegurança
para o caminhar dos estudiosos do Direito e incerteza sobre os destinos deste
País.
Sem pretensão de fazer juízo de valor
sobre as teses ali defendidas – já agora com alguma veemência, vejo apenas
inaugurada a “Era da Incerteza” para os rumos do Poder Judiciário.
Acredito que, de duas uma, ou tem
ocorrido precipitação no oferecimento de denúncias contra os “medalhões” ou o
Poder Judiciário está em fase falimentar.
Passados os momentos da “Copa”,
certamente teremos o desfecho desse imbróglio que vem atingindo a nossa mais
alta Corte de Justiça e o ponto fundamental será a decisão de soltura ou não do
ex-Presidente Lula, que possivelmente entraria na batalha pela eleição
presidencial deste ano.
Ademais disso, contabiliza-se como
fundamental a mudança, no próximo mês de setembro, da presidência do STF, onde
o Ministro Toffoli pretenda alterar o rumo de entendimento da Ministra Carmen
Lúcia.
A imprensa destaca a possibilidade de
“pé de guerra” entre Ministros, notadamente entre a corrente liderada pelo
Ministro Edson Fachin e a outra liderada por Dias Toffoli/Gilmar Mendes.
Espera-se que a atual Presidente do
Supremo tome alguma atitude em sentido da preservação da harmonia da nossa
Corte Excelsa e que os Ministros mais vetustos daquela Casa, igualmente, tomem
uma posição que venha a restaurar a confiabilidade do povo em sua Instância
Maior.
Acaso isso não seja conseguido e com
a proximidade do aceleramento da campanha eleitoral e, igualmente, com o começo
da queda da máscara que manipula os dados econômicos do Brasil, temo por uma
crise sem precedentes na nossa vida Republicana.
Para amenizar a gravidade do assunto,
arrisco um pouco de água fria – esperando que a vitória do Brasil na Copa de
2018 e o recesso do meio do ano do Judiciário, com muito de chá de camomila,
meditações, prudência e patriotismo, surja uma alternativa viável para a
continuidade democrática deste País maravilhoso, de um povo ordeiro, sofrido e
movido pela eterna esperança de dias melhores -
que virão de ;
A propósito do tema “Direito”, vejam
os meus leitores como se encontra a nossa tradicional Casa do Direito da
Ribeira:
Será esse o destino do resto das coisas?
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