CARTAS
DE COTOVELO versão 2018 - 01
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES,
veranista.
Outro
veraneio se inicia e Deus me concede a graça de continuar sendo testemunha
ocular dos acontecimentos da paradisíaca Praia de Cotovelo, meu xodó há quase
30 anos.
Este ano não inicio com tanta euforia,
pois o Estado do Rio Grande do Norte, novamente, vive momentos de caos no
começo do ciclo turístico, repeteco do que aconteceu no ano que passou com a rebelião
de Alcaçuz, no mesmo período.
Não vou perder muito tempo – é incompetência
mesmo e a escolha equivocada de um secretariado sem criatividade.
A situação desagradável atingiu também, e
pelo mesmo motivo, a Prefeitura Municipal de Parnamirim, que deixou a
comunidade de Cotovelo com extrema deficiência de iluminação pública, apesar
dos apelos e advertências da PROMOVEC.
O que vou
agora dizer decorre da minha experiência no serviço público, onde atuei quase
50 anos. Fui servidor público especializado no controle externo, quando
trabalhei no Tribunal de Contas e no controle interno, quando ocupei o cargo de
Controlador Geral do Estado, instrumentalizando a Control, que serviu de modelo
para a criação de várias outras Controladorias, nos município deste Estado e em
outros, criadas à nossa sombra; ministrei dezenas de cursos sobre gestão
pública, como professor da UFRN, UnP, FARN (Uni-RN) e em cursos privados e
posso afirmar que o problema da Edilidade Parnamirinense é também falta de
visão.
Não tem
justificativa licitar o serviço de iluminação pública de uma praia turística no
início do veraneio! É o mesmo descaso que acontece em geral com as reformas ou
limpeza das escolas exatamente quanto se inicia o ano letivo. Se foi o MPE que
determinou o cancelamento de contratos então existentes, é porque a coisa não
foi feita de acordo com o figurino legal!
E agora,
vamos esperar? Sugiro que os proprietários e comerciantes de Cotovelo e Pium
tomem a iniciativa de instalarem refletores diante de suas casas ou
estabelecimentos para garantir a iluminação pública e dar suporte a uma
convivência pacífica e efetiva nessas comunidades, mantendo normal o fluxo do
turismo e do veraneio, e continuarmos com a segurança privada, pois a pública
vem sendo negada pelos administradores.
Depois poderemos
acionar os dirigentes públicos incompetentes para nos ressarcirem ou mesmo
pedirmos indenização por prejuízos que tenham causado com suas omissões.
Iluminação
pública é serviço essencial, pois é elemento fundamental para a segurança e,
nesta emergência, poderá haver contratação sob o pálio da dispensa de licitação
por emergência, pois está caracterizada a urgência de atendimento de situação
que ameaça as pessoas e o patrimônio.
Se quiserem vamos
realizar uma audiência pública e nela eu direi tudo isso é mais alguma coisa na
frente dos gestores, pois sei que alguns têm sensibilidade e conhecimento, como
é o caso do Secretário José Jacaúna, homem de experiência inquestionável. Do
contrário não terá valido a pena ter sido professor tantos anos,
verdadeiramente pregando no deserto.
E que seja
logo, pois a vida é breve, pelo menos em relação aos que já ultrapassaram a idade
bíblica, mas ainda pretendem ter uma velhice amena e sadia.
Coragem e
energia de todos para protestar e dar o troco nas próximas eleições. BASTA de tanta
enganação!
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