SEU JOÃOZINHO DA FENAT
Francisco Jadir Farias Pereira
João Batista de Paiva, é um amigo e companheiro rotariano, ex
servidor da Rede Ferroviária e desportista, ex Presidente da Federação
de
Esportes de Natal, FENAT, entidade que lhe marcou pela sua grande
administração
e por isso ficou conhecido no mundo esportivo como Joãozinho da FENAT.
Pessoa alegre, bonachão e de boa proza, tem
como peculiaridade sua habilidade em contar piadas dando a elas, por
mais
simples que sejam um toque de sua inteligência e graça, fazendo rir seus
interlocutores.
Nascido em Nova Cruz-RN, muitas
vezes o instiguei afirmando que sua cidade natal “foi província de Santa
Cruz (a minha cidade natal). Até então, na verdade não tinha
conhecimento de suas
origens e, passei a pesquisar.
De Santa Cruz, já tinha
conhecimento do episódio de sua denominação atual, cuja lenda refere-se a
aposição de uma cruz de uma madeira originária de uma árvore (arbusto) então
existente na região e que dava nome ao rio que margeia a Cidade: Inharé. A lenda atribui a uma cruz da madeira do
Inharé que, após aposta em frente a igreja da cidade, deu origem a um “milagre”
com o surgimento de água potável, num período de uma grande seca na região.
Mas, e Nova Cruz? O que tem a ver
com inharé, era essa a pergunta! Pesquisando encontrei que a hoje Nova Cruz,
teve origem de uma povoação inicialmente denominada de Urtigal, decorrente da
existência de grande incidência de urtiga (LAMIUM
ALBUM) e pertencia ao município de Vila Flor. Posteriormente, passou, face a um
episódio que corria boca a boca e que
virou lenda, assim narrada pelo pesquisador Professor Manoel Dantas,
que publicou livro a respeito e assim narrado pelo poeta Marciano Medeiros num
dos seus cordéis:
“Falou sobre um
caçador,
perseguindo enorme anta,
por ter espírito maligno,
essa fera a
tudo espanta
e depois de ser cortada,
o terror se agiganta.
Um morador se
levanta
Com tirania
brutal,
Em oitocentos e
treze
Fez talho no
animal,
que estribuchou
e fugiu
pro meio do
matagal.
Mas a entidade
mal
Da fera fez
possessão,
por faltar tira de couro
no bicho em
dominação,
chamaram de
Anta Esfolada
aquela povoação.
Foi grande a
judiação
Feita por homem
sagaz,
Que aprisionou
a anta
E fez um plano
voraz,
De sacrificar o
bicho,
Usado por
satanás.
Os odores
infernais,
Naquele treze
de agosto,
Fizeram Jesus
no Céu
Sentir bastante
desgosto
E o bicho
mutilado,
Manteve a força
do encosto
Conforme o que
foi exposto
E pelo povo
contado,
Muitos viram o
animal
Correndo
desesperado,
Pra se espojar
nas fazendas,
onde espantou
muito gado
O drama foi
divulgado
Nas casas da
região,
O terrorismo da
anta
Que assombrava
até cristão
e, por mais de
trinta anos,
ela fez aparição
Houve
peregrinação
dum padre bem
popular,
Frei Serafim de Catânia
Veio conhecer o
lugar
E o povo
suplicou,
Para o demônio
expulsar.
O padre mandou
buscar
Muitos galhos
de inharé,
na bonita Santa
Cruz,
Uma cidade de
fé,
Onde o povo era
apegado
A Jesus de
Nazaré.
Dos galhos de
inharé
Fizeram cruz
com esmero
E o padre rezou
bastante
Num exorcismo
sincero,
Depois botou
essa cruz
Na Praça do
Marco Zero.
Usando estilo
sincero,
A missa foi
celebrada,
Em trinta e um
de dezembro
De maneira
ponderada
E a anta logo
sumiu
Ficando
imortalizada.
Deste modo foi
trocada,
velha
denominação,
No fim de
quarenta e seis
A nova
povoação,
Bem no século
dezenove,
Virou Nova
Cruz, então.”
O Poeta prossegue seu cordel enaltecendo a cidade, diversos dos seus ilustres personagens,
dentre eles, poetas, escritores, políticos e outros populares conhecidos.
Como Joãozinho Paiva, pessoa ilustre, grande amigo,
administrador e esportista de Skol não foi contemplado pelos versos do poeta,
pensei em lhe fazer uma pequena homenagem, em versos, sem muita
rima, sem muita poesia, mas que expressam o sentimento meu e, certamente, de muitos dos seus companheiros e amigos
espalhados por Natal e Pelo Rotary Clube de Natal Sul, do qual fazemos parte e
assim, escrevi:
O poeta Marciano em versos
historiou
Sua cidade querida com bela
historia contada
Que passou de Urtigal, para Anta Esfolada
E Precisou de ajuda
de uma terra distante,
Para espantar os mistérios
De um primo de elefante,
A Anta fugiu de vez,
Quando um padre ali fez,
Reza forte e uma cruz
Foi buscar em Santa Cruz,
Uma solução de fé
A fera numa carreira
Sumiu que nem uma luz
E a como votos de fé
Agradecida ao Inharé
A cidade passou
A se chamar, NOVA CRUZ.
Mas o poeta esqueceu
De falar de um grande nome
Que enobrece a cidade
,
Como exemplo de homem
,
Que de trem foi pra Natal,
E de modo genial,
Trabalhou muito no esporte,
Com muita luta e sorte,
E
de tanto se esforçar
Fez sucesso no combate
Que passou a ser chamado
,
SEU JOÃOZINHO DA FENAT.
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