sábado, 31 de outubro de 2015

(Júlio César) Tu quoque, Brute, fili mi? (Até tu, Brutus, meu filho?)


TCE aprova auxílio-moradia para conselheiros e procurador de Contas

TN - Publicação: 2015-10-30 12:16:00 | Comentários: 
Em 17 de junho de 2014, o Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas do Estado 
(MPjTCE) solicitou a suspensão do pagamento de auxílio-moradia a membros 
do Judiciário e Ministério Público do Rio Grande do Norte. Agora, no entanto, 
o próprio TCE aprovou a concessão do benefício aos conselheiros e procuradores 
que atuam no órgão, com o benefício podendo ser solicitado individualmente 
por cada um dos membros da Corte de Contas.
Adriano Abreuconselheiro Poti Júnior foi relator do pedido da Atricon e Ampcon, opinando pela legalidade do benefício

Conselheiro Poti Júnior foi relator do pedido da Atricon e Ampcon, opinando pela legalidade do benefício.

Essa notícia dada pelo matutino Tribuna do Norte causou impacto para a parte consciente da sociedade, no exato momento em que o Brasil e o Estado do Rio Grande do Norte procuram, desesperadamente, caminhos para a salvação financeira.
Aqui, questiona-se o uso dos fundos previdenciário e financeiro para se poder honrar  a folha mensal dos servidores. Os "chefes" de Poderes e Órgãos estão exonerando de toda forma antigos comissionados (O TCE foi exemplo), ou reduzindo parcelas conquistadas pelos seus trabalhadores (MPE), diminuindo o valor do pagamento dos estagiários. Enquanto isso aprova, com efeito retroativo, pagamento de auxílio-moradia para os que ganham mais.
É difícil acreditar que haja salvação. Esta vantagem pode até ser legal, mas jamais terá o consentimento moral de um povo sofrido. Aliás, isso vem de cima.
Sempre aceitei que houvesse um auxílio desse teor para os servidores que estão em fase inicial de carreira, sem definição do local permanente de atuação (Juízes e Promotores auxiliares), Delegados de Polícia na mesma situação, enfim, em relação a outras categorias também. Contudo, a partir do momento em que já estejam definitivamente estabilizados em suas funções, não tem lógica essa "vantagem" atribuída somente aos que ganham mais.
O Estado brasileiro, como um todo, está impotente, sem harmonia, sem régua nem compasso.
Este benefício poderá ser requerido individualmente. Vamos ver quem não vai solicitá-lo!


Tudo isso faz lembrar da frase de Júlio César: Tu quoque, Brute, fili mi? (Até tu, Brutus, meu filho?) 

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