quinta-feira, 3 de setembro de 2015

UMA NOTÍCIA QUE ORGULHA O RIO GRANDE DO NORTE

 

Senado aprova nome de Marcelo Navarro para ministro do STJ

Cristiane Jungblut - O Globo
 BRASÍLIA — O Senado aprovou nesta quarta-feira o nome do juiz Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A indicação foi aprovada por 65 votos a favor, dois contra e uma abstenção. Mais cedo, Navarro participou de sabatina na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado, onde seu nome foi referendado por unanimidade, com 26 votos favoráveis. Na sabatina, Navarro negou qualquer ligação com o executivo Marcelo Odebrecht ou com qualquer pessoa envolvida nas investigações da Operação Lava-Jato.
O magistrado tem o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo aliados de Renan, Navarro tem a preferência de vários políticos do Nordeste, por ser integrante do Tribunal Regional da 5ª Região, responsável pelos estados de Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Sergipe. Navarro conta com a preferência do presidente do STJ, Francisco Falcão, e do ministro Humberto Martins, também alagoano, de quem Renan é muito amigo.
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Integrantes do Planalto dizem que o nome de Navarro, apesar de ter ficado em segundo lugar na lista, tinha a preferência de Falcão e indiretamente de Renan.
Ao colocar em votação no plenário do Senado o nome de Navarro, Renan elogiou o presidente da CCJ, senador José Maranhão (PMDB-PB), pela "produtividade" na manhã desta quarta-feira.
— Fizeram um grande trabalho — disse Renan.
O nome de Navarro foi elogiado por vários senadores, como Romero Jucá (PMDB-RR) e o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN).
— É um nome acima de partidos políticos — disse Agripino.
Pela manhã, durante sabatina na CCJ, Navarro foi questionado pelo senador José Medeiros (PPS-MT) sobre possíveis ligações com empresário da Odebrecht.
— Não tenho, portanto, nenhum conhecimento, nem com o senhor Marcelo Odebrecht, nem com ninguém da Operação Lava-Jato. Simplesmente, não os conheço. Não tenho, por isso, nenhum impedimento, nenhuma suspeição se tiver de vir a julgar este caso, uma vez que, obviamente, seja aprovado aqui nesta Comissão e no plenário, e depois, nomeado e empossado — disse Navarro.
O senador citou reportagens da revista “Veja” que faziam ilações sobre um acordo entre o ministro Falcão e a presidente Dilma sobre sua indicação, para que como ministro atuassem em favor do executivo da Odebrecht. Medeiros disse que era “uma oportunidade para o juiz esclarecer os fatos”.
— Da especulação, evidentemente, não vou entrar no mérito. Vou apenas registrar que ela é, além de tudo, inverossímil e infactível, porque, se a ideia de que minha nomeação recompensaria um despacho supostamente favorável do presidente Falcão naquele caso, o despacho dele não foi favorável, pois determinou a colheita de informações e remeteu o feito à turma (do STJ). Então, não tem absolutamente nenhuma procedência, e isso já era assim ao tempo da especulação indevida — disse Navarro.

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