quinta-feira, 30 de julho de 2015


SOPHIA    a  ANCIÃ
Jansen leiros







Quase sempre a natureza tem mecanismos de preservação da fauna. É o que se costuma ver nas florestas ou nas reservas florestais.

Visitando um desses ambientes bucólicos, um amigo meu, Octávio Augusto, me chamou a atenção para uma coruja que se encontrava tranquilamente pousada no tronco de uma fruteira, próximo a seu ninho. Calma, tranquila, observadora, como se quisesse demonstrar como conseguia dominar seu “habitat”

Parei para admirá-la e percebi que ela não se assustara com nossa presença. Ao contrário, parecia  estar nos observando com certa curiosidade, tendo o absoluto domínio de sua hegemonia.


Curioso é que ela parecia querer demonstrar que desejava ser vista e que não tinha receio algum de nossa presença.

Nosso grupo, composto de Plathus, Octávio Augusto, Flávia e Eu, estávamos em sintonia com o ambiente natural e, paulatinamente fomos nos aproximando da simpática Coruja.

Vejam, disse Otávio Augusto, essa ave é linda! Trata-se de uma Coruja da variedade sabiá!   E tem olhos azuis!.  Que bela!  Sabem?  Me deu vontade de escrever uma crônica sobre ela.

Flávia, curiosíssima, tomou de um caderno de anotações e disse: - Vamos lá!  Comece a verbalizar sua crônica.

“Naquela manhã, Plathus. Flávia, Hermógenes, Antônius e Petros subiam a montanha por etapas. E, ao longo do caminho,  foram fazendo suas anotações, quanto à fauna, a flora e o universo de insetos, que pareciam povoar aquele sítio.

Deixavam sementes, frutos silvestres, faziam fotos e tudo o que pudesse parecer importante como registro de uma excursão daquela natureza. Flavia que demonstrava ser a mais interessada pelas aves, ia deixando ao longo do caminho que percorriam, algumas sementes ou pedaços de frutas silvestres e Plathus, curiosamente, se preocupava com os insetos, os quais ia colocando em frascos de ensaio, objetivando seus estudos específicos.

Continuaram a subir! De repente, o grupo chegou a uma clareira. Na verdade, aquele ambiente já havia sido visitado antes por outros excursionistas e Plathus convidou o grupo para fazerem o primeiro lanche da caminhada.

O interessante é que, em algumas circunstâncias ocorriam coisas inusitadas e, os componentes das equipes que das excursões participavam sempre encontravam um meio de relatar as ocorrências estranhas, encontrando, quase sempre, uma forma de as relatar, por mais estranhas que pudessem parecer.

Vejamos uma dessas situações!

Mal começara a distribuir o lanche, ouviu-se um bater de asas do lado oposto à direção, onde estávamos sentados. 

Flávia abrira a cesta de mantimentos e quase assustou-se com a abrupta chegada de Fênix – tratava-se de um condor, nosso conhecido de outras excursões  que, inclusive, tinha a faculdade de emitir sons que pareciam a articulação de palavras verbalizadas em português. Plathus, que estava observando a plantação de carvalhos, voltou-se e cumprimentou o amigo: Fhênix! Da próxima vez, não nos cause suspenses! Seja mais cavalheiro! Minhas desculpas! Pareceu dizer o condor com seu grasnar perecido com a voz humana. E olhou para Flávia, como que sorrisse.  Flávia, refeita do susto, esboçou uma risada! Plathus, então, verbalizou: Este ser das alturas não se habituou com as regras da superfície. Mesmo assim, ratificou suas escusas com um movimento de cabeça.
Otávio Augusto, continuava reflexivo, olhando o nobre príncipe das alturas. Plathus, então, questionou: E então, meu amigo, a que a que resultados chegou com suas  reflexões?
- Estou maravilhado com sua tese, amigo, o enunciado dela é perfeito! Ela vai ser aceita com louvores! Seu conteúdo é inquestionável! Racionalíssimo! É como se pudéssemos ver a DEUS! E, como ELE não é individualizável não tem como se mostrar na acepção semântica. Não entendi nada, disse Flávia! Nem eu, disse Plathus!
Em sendo assim, continuou Otávio Augusto, continuemos analisando sua tese noutra oportunidade.  Seu conteúdo é muito complexo!
Passemos a observar o elemento de nossa curiosidade, que passaremos a chamar de SOPHIA. Nosso mais recente achado.
Parece-nos  uma ave madura! Por sua tranquilidade e postura, sugere tratar-se de um ser vivendo sua ancianidade! Sua calma  nos demonstra segurança, domínio de si mesma, enquanto dona de seu habitat. Não há resquícios de outras aves nas proximidades de seu ninho. É possível, então, que seja uma ave anciã!
Vamos fotografá-la, batizá-la e comemorar este achado. Parabéns à nossa equipe.

Jansen Leiros*



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