terça-feira, 16 de junho de 2015

Ainda OTHONIEL

Uma sextilha de Othoniel, no Sertão de Espinho e de Flor, um dos livros da "Obra Reunida:
 

Tonhéca... 7 Magro, anzolado,8
é um gênio. Strauss,9 reencarnado,
compondo valsas gentis,
– mas, de Sol! E tardes quentes!
De serranias dolentes,
de arrulhos de juritis...

7) NOTA de Othoniel:  (PRESTE ATENÇÃO NA SACANAGEM QUE OS POLÍTICOS - ELES, SEMPRE! - FIZERAM
AO SERIDOENSE ILUSTRE)

 Antônio Pedro Dantas, Tonhéca, maestro conterrâneo,
nascido em 1871, na Vila de Carnaúba, no município seridoense
de Acari. Famoso compositor de valsas, sendo as mais célebres
“Royal Cinema” e “Delírios”, populares em todo o Brasil, e integrando
as coleções do Conservatório de Música de Berlim. Foi
Mestre de música neste Estado, na Paraíba e no Pará. Por ocasião
de um concurso, na Escola Normal de Natal, para provimento da
cátedra de Música, perdeu. Concorreu com 240 composições,
cada qual mais primorosa. Perdeu, porém (et pourquoi pas?), para
um ádvena, “simpático” da situação política dominante. Faleceu
em 7 de fevereiro de 1940 como simples músico da banda da
Polícia Militar. E, por pouco, não havia verba para o enterro..."

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Bezerra Júnior FOI seu COLEGA na Academia.
Veja um trecho do prefácio de Murilo Melo Filho, no "OTHONIEL MENEZES - Obra Reunida", por mim publicado em 2011:
 
 
(Othoniel)  Foi várias vezes convidado a candidatar-se à Academia Norte-
Rio-Grandense de Letras. Enquanto pôde, resistiu aos convites.
Mas terminou vencido por eles e, atendendo a uma exigência de
acadêmicos amigos, terminou aceitando ser candidato à Cadeira
nº. 23, na qual teve como patrono Antônio Glicério, sucedeu a
Bezerra Júnior e foi sucedido por Jayme dos Guimarães Wanderley
E Iaperi Araújo, seu atual ocupante."

Nas minhas "Notas" no referido volume, escrevi sobre Bezerra Júnior:

'Joaquim Bezerra Júnior (Natal/RN, 10.05.1890-Natal/RN,
18.09.1957). Poeta e romancista. Publicou dois livros de versos, Poemas
da selva e Natureza. Deixou vários produções inéditas, entre elas, dois
romances. Foi soldado, marinheiro e funcionário da Inspetoria das Obras
Contra as Secas. Homem sofrido, bondoso, modesto e fidalgo no trato.
Foi quem sugeriu a OM levar os versos da “Serenata do pescador” (mais
tarde apelidada de “Praieira”) para Eduardo Medeiros musicar. Ele próprio
foi destacado autor de modinhas, em parceria com o festejado maestro
canguleiro.'
Abraço de parabéns,
Laélio
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Colaboração de LAÉLIO

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