Este é a recente pintura que fiz, retratando Capelas e Igrejas do Rio Grande do Norte. Escolhi a Capela da localidade denominada Utinga, que fica numa pequena e antiga povoação de São Gonçalo do Amarante, conhecida como rota para a exploração holandesa no início do século XVII.
Segundo historiadores registram desde 1638, essa comunidade era conhecida como "Itinga" (que no dialeto tupi-guarani significa água branca), onde existia uma capela, que teria sido construída no mesmo local da anterior, já existente na época do domínio holandês, que deve não ter funcionado em virtude da religião dos invasores, que eram Calvinistas.
A atual capela teria sido erguida por volta de 1730, segundo documentos oficiais, e é dedicada à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. De maneira conflitantes, existem registros de que no frontispício da capela aparece o ano de 1783, 1785, 1687 e representa, provavelmente, a época em que o templo sofreu alguma reforma. A verdadeira inscrição é 1785.
Observam os historiadores: "Provavelmente, a estrada mais antiga do Estado, que
ligava Baía da Traição, na Paraíba, até Natal, passava pela capela de Utinga.
Outro fato importante é que na localidade de Utinga e na sede de São Gonçalo
registrou-se antes mesmo de 13 de maio de 1888, a abolição de escravos".
Por derradeiro, reitero que uma pintura, no estilo naif, não significa um retrato da coisa escolhida, mas uma indicação equivalente à realidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário