quarta-feira, 19 de março de 2025

 



Cartas de Cotovelo – Último dia do Verão de 2025 –10

Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes (*)

                Comemoramos hoje o Dia de São José, para mim o “Santo dos Santos” – aquele que teve o privilégio de ser escolhido como esposo da Virgem Maria, pai adotivo do Salvador, que numa vida de silêncio, mas de ação integral, foi alçado à condição de protetor das famílias, dos agricultores, dos operários, dos enfermos, dos oprimidos, da Igreja Católica, dos desesperados, dos necessitados e muitas coisas mais, a quem rogamos olhar para o nosso Brasil, nosso Estado e a nossa Comunidade de Pium-Cotovelos contra as mazelas, as incompreensões e a desarmonia.

                Fazendo a retrospectiva do verão, constatamos que ele foi atípico, porquanto a chuva foi intensa e constante durante o período de veraneio – fenômeno bom para uns, mas não agradável para o lazer.

                Nem por isso podemos esmorecer e devemos manter íntegros os projetos de futuro para a nossa Comunidade, adotando projetos e programas que garantam a tranquilidade e presença da natureza neste recanto do Município de Parnamirim, por tantas pessoas que para aqui vieram plantar e colher sossego.

                Lembro-me bem de uma reunião realizada pela PROMOVEC com secretários da Prefeitura onde nos foram apresentados projetos que garantiam a preservação do vale do Pium como lugar de produção agrícola, distanciado da febre das edificações que, inevitavelmente, vão se aproximando da Capital.

                Também ficou destacada a possibilidade da construção de uma estrada que desviaria o caminho das demais praias do sul, sem necessidade do fluxo pela Comunidade Pium-Cotovelo, senão para os moradores e veranistas da localidade e de Pirangi, que seriam, então, estâncias de residência e veraneio dos seus proprietários.

                Houve mudança de administradores e esperamos que os atuais mantenham os mesmos propósitos, bem como a construção de acessos públicos para os residentes, porquanto existe uma diferença de nível das construções para o mar superior a dez metros, dificultando e até impedindo o caminhar das pessoas de maior idade e os portadores de deficiências.

                Foi por esse motivo que, a uns 25 anos atrás, recuperei um arremedo de escadaria e, mais recentemente, com o auxílio de Octávio Lamartine e outros veranistas, construí uma rampa para tais pessoas, que vem sendo mantida dentro do possível, até que o Poder Público assuma e modifique o seu formato para lhe dar as proporções mais adequadas para os usuários carentes.

                Valei-nos São José protetor. Amém.

   (*) Veranista             

 

Um comentário:

  1. Esperançar sem jamais deixar de reivindicar. Parabéns, querido amigo ! Que outras vozes venham somar às suas. São José há de tocar o coração desses administradores. 🙏

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