POR QUE DESOMENAGEAR MARIA ALICE
FERNANDES?
Valério Mesquita*
Mesquita.valerio@gmail.com
Maria Alice Fernandes
nasceu em Macaíba. Estudou no Grupo Escolar Auta de Souza, da mesma cidade,
onde fez o seu curso primário.
Obstetriz, diplomada
pela Faculdade de Medicina do Recife, à sua perícia, no parto de minha mãe,
devo o meu nascimento. Foi ex-interna na Maternidade do Derby, em Recife, e
ex-interna do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de São Paulo, onde
defendeu tese. Mas, foi como fundadora do Liga Norte-Riograndense Contra o
Câncer, que redimensionou a sua vida participando de inúmeros congressos
internacionais, cursos de pós-graduação na Alemanha, no Japão, mantendo sempre
acesa a chama votiva de sua luta obstinada no combate ao câncer. Versátil,
inteligente, Maria Alice foi professora de Inglês, além de formada pela
Faculdade de Filosofia do Recife. Era um dínamo em constante rotação. Esta
mulher plural, cidadã natalense, faleceu em 1991, após passar algum tempo sem
receber qualquer homenagem que perenizasse a sua memória, a sua coragem, a sua
luta em favor da saúde do Rio Grande do Norte.
Maria Alice Fernandes
foi o maior exemplo de benemerência e devotamento no combate ao câncer no
Estado. A Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer é o atestado eloquente da
criatividade dessa brava mulher de espírito superior. Nenhuma instituição desse
Estado pode ficar alheia ao trabalho que ela desempenhou.
A missão que cumpriu é
exemplo a ser seguido e nunca esquecido. Ela é legenda para servir de ensinamento
às gerações posteriores. O seu nome no frontispício de uma unidade hospitalar
do seu Estado, por cuja saúde lutou ao longo de sua vida, através das múltiplas
entidades e tarefas que participou, é o galardão de reconhecimento que o
Governo e a sociedade terão que prestar a quem foi tão útil aos seus
semelhantes.
OBS - Através de Projeto de Lei de
nossa autoria quando deputado estadual e sancionado pelo então governador
Garibaldi Filho o novo hospital do Parque dos Coqueiros foi denominado “Maria
Alice Fernandes”.
(*)
Escritor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário