Novas Cartas de Cotovelo – verão de
2022-05
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes
REVISITANDO A CASA DE PEDRA DE PIUM
Neste
último sábado resolvi revisitar a Casa de Pedra de Pium, equipamento histórico
que tantas vezes mereceu crônicas e entrevistas minhas ao longo dos últimos
anos.
Minha primeira decepção foi constatar que, apesar dos apelos e até da
celebração de uma missa no final do ano passado diretamente daquelas ruínas
históricas, com a presença do arcebispo Don Jaime, o acesso piorou muito, agora
mais do que nunca o pequeno trecho não passa de um caminho de animais, com a
pior qualidade que se possa pensar, sem nenhuma possibilidade de manobra quando
alguém se arrisca a ter acesso por veículo com alguma calibragem, pois será dificílimo
algum dos veículos recuar.
Essa agora “aventura” que fiz, com familiares, permitiu que reexaminasse
o sítio histórico e agora fizesse algumas retificações: primeiro, houve
plantação de árvores frondosas que retiraram a visão que existia para o mar,
como anteriormente anunciei, qual seja, a visão da costa desde o contorno de
Pirangi para Cotovelo quanto desta praia para o contorno de Ponta Negra,
tirando o sentimento de que aquela construção secular daria uma visão da
enseada capaz de avistar qualquer possível inimigo; segundo, em meu sentir, houve
o agravamento da movimentação de algumas pedras que fazem parte daquele
complexo; houve o aterramento, na marra, da passagem de fios de nascentes de
água de um lado para o outro da estrada de acesso – essa que considero própria
para animais.
O lado positivo é que o vale está preservado com criação de gado,
coqueirais, plantações de verduras, frutas e hortaliças, ainda longe do agrotóxico.
Existem resquícios de algumas construções não concluídas de possíveis
espigões ou condomínios fechados, ou mesmo mansões inadequadas para a paisagem
bucólica a ser preservada, estes/estas depredados, já sem telhados, portas e
janelas, enfim abandonados.
Desconheço qualquer intervenção da Prefeitura de Nísia Floresta no
sentido de regulamentação do uso do solo naquela localidade.
Assim, convoco os interessados para resolvermos essa pendenga, entrando
em contato com os possíveis proprietários (família Galvão) e depois com a
Fundação José Augusto e com a Prefeitura de Nísia Floresta, aproveitando o
momento político de breves eleições, sempre no intuito único de preservação da
história.
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