terça-feira, 25 de janeiro de 2022

 

Novas Cartas de Cotovelo – verão de 2022-04

Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

                    ESTADO DE GUERRA?

        Mesmo na passividade das democracias, existem momentos que carecemos de uma intervenção do poder público, determinando restrições de direitos de ir e vir, certas condutas dos cidadãos, para a prevalência de prevenção contra eventuais e possíveis “inimigos”.

        Nessa referência inicial, vamos nos abster de qualquer invocação de problemas de ordem política, mas tão somente em relação às pandemias avassaladoras da covid 19 e gripe H³N² (parece que é essa a nomenclatura), que atingem todos os países do globo, com repercussão drástica na economia e na prestação dos serviços públicos.

        No Brasil, particularmente, a questão torna-se mais agravada pela relutância criminosa de alguns setores de entretenimento, que persistem na realização de aglomeração das pessoas, com suas baladas de fim de semana, algumas vezes com a conivência do poder público, que só atenta para uma tomada de posição depois do fato consumado – exemplos: Carnatal e shows nas praias, verdadeiros poluidores e causadores do agravamento das citadas doenças.

        Tive a oportunidade de ouvir entrevistas de alguns jovens que engrossavam as longas filas de vacinação e testes laboratoriais, públicos e privados, sob o argumento que pretendiam comparecer a alguns dos eventos populares de grande promiscuidade e por isso estavam verificando suas situações de saúde.

        Assim, temos vários “inimigos” fisicamente invisíveis, mas, faticamente comprovados pelos seus efeitos maléficos e atormentadores do frágil sistema de saúde pública que dispomos.

        Desta forma, pela própria gravidade dos vírus letais e mais pela falta de educação e consciência da população, faz-se necessária a intervenção do poder público e, ao mesmo tempo, a convocação de mutirões de “combatentes” do setor de saúde para garantirem o ataque eficiente aos “inimigos”.

        Todos os setores do poder público devem ser disponibilizados para esses verdadeiros hospitais de campanha, cedendo espaços físicos e pessoal especializado, a teor dos tribunais que possuem serviço médico para pouca demanda e as casas legislativas. Também os espaços privados, quando não antecipem a sua colaboração, pois assim o exige todo estado de guerra.

        Nada a reclamar ao pessoal da saúde, verdadeiros heróis e agora vítimas das pandemias, reduzindo o seu contingente.

        Com a palavra o poder público para dizer quais providências foram tomadas, pois o noticiário da imprensa só apresenta enormes filas e falta de insumos, ao mesmo tempo em que deve determinar procedimentos à sociedade para não que venhamos perder essa guerra, com muitas vítimas.

       

 

 

 

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