Minhas Cartas de Cotovelo – versão de 2021-33

Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

       A semana que passou foi para mim de extrema alegria e regozijo, cheia de atividades absolutamente impróprias para um cardiopata de quase 82 anos, diabético, acometido de doença “caetana”, com dificuldade de mobilidade nas pernas, pois me foi dada a oportunidade de contrapor ou mesmo desafiar todas as mazelas que carrego, sem sofrimento.

       Participei de duas lives – Conselho Estadual de Cultura, o que faço todas as semanas e mais a da ABROL/RN, nova academia de letras do Rotary Clube. Solucionei alguns problemas do escritório, minutando petições, contratos, encontros com colegas na sala de reuniões, visita ao meu Endocrinologista Dr. Simplício e compareci ao Café Avenida, onde temos uma Confraria, para entregar duas imagens de Santos a Renan II, que recuperei a seu pedido. Lá autografei para ele o meu recente livro “Amor de Outono” e batemos um bom papo, contando, também com meu sobrinho Clemente.

 

       No sábado, participei de dois atos importantes – o primeiro, logo cedo, concedendo entrevista à Rádio Mar e Campo, do estimado amigo Octávio Lamartine, que está adoentado, entregando a direção ao intrépido Companheiro da PROMOVEC Eugênio Rangel sobre a passarela da Rua Erith Correia, na praia de Cotovelo, que está com pleno uso e sucesso garantido pela utilização dos banhistas e visitantes, que logo na entrada tem uma indicação da tabela das marés de julho e de agosto, com os nomes dos que colaboraram para o embelezamento em grafite da artista Clara Felix – vocês já viram em carta anterior.

       Um pouco depois compareci a um encontro do Rotary Clube – Natal/Sul, na casa de Teresa Neuma e o seu esposo Afonso, com um número resumido de associados, mas que não deixaram a peteca cair em nenhum instante.

       Parece que a saudade das nossas reuniões presenciais extrapolou as expectativas – uma cordialidade a dar inveja a quem não foi; aperitivos amenos e uma feijoada Papo firme, maravilhosa. Tudo terminou com os meus autógrafos nos exemplares do meu recente trabalho literário distribuído gratuitamente, se não fosse a interferência de Teresa que convencionou, em troca dos livros, uma doação dos presentes para missões sociais na Comunidade Pium-Cotovelo, garantindo algumas cestas básicas. Quer coisa melhor?

Durante os autógrafos, Afonso nos surpreende colocando a música “Canção de Amor”, cantada por Elizete Cardoso, que é um ponto fundamental do romance editado, nocauteando a minha emoção que trouxe a lembrança da minha eterna THEREZINHA, que adorava esse tipo de reunião e o frisson da música em si.

Êta semana boa. No domingo, começo de nova semana, assisti a Santa Missa em Pium, transmitida pela rádio de Octávio, um bom almoço feito por Rosinha, neta de Dona Helena/Seu Raimundo, uma madorna na rede junto à varanda assistindo The Voice Kids, depois caminhada pela tarde (maré baixa) e afinal uma missa presencial na Igreja de São Francisco em Pirangi.

Nas minhas meditações e rezas ao Criador, olhando as poucas estrelas que ali contemplavam o infinito de um Céu sem a luz da lua, tive uma reflexão ou missão? Procurar comprar um galpão velho que está em ruínas no caminho da passarela/escadaria referida, antes da pista, onde poderá ser reconstruida, com a ajuda da Comunidade uma Igreja em homenagem à Santa Irmã Dulce dos Pobres, da devoção de minha saudosa esposa. Será que dá tempo. Aleluia.