quinta-feira, 1 de março de 2018

COTIDIANO




QUALIDADE DE VIDA EM BAIXA

CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, escritor

  
              O Brasil vive hoje momentos inusitados – enquanto os governantes se preocupam com as eleições de outubro, a população amarga dias difíceis para a simples sobrevivência.
           No Rio Grande do Norte, em particular, assistimos o declínio acentuado da qualidade de vida, mercê de vários fatores que se associam para agravar o cotidiano da população.
                 Em primeiro lugar a extrema dificuldade de locomoção em direção ao trabalho pela falta de segurança, fazendo com que, mal termina a madrugada o trabalhador já é abordado pela bandidagem quando se destina ao seu trabalho.
                Num outro momento é a impossibilidade de retirar os seus parcos recursos depositados nos bancos da cidade, para o cumprimento das obrigações, pois uma greve de vigilantes motiva o não funcionamento das agências bancárias, proporcionando uma situação aflitiva e inusitada, sem qualquer providência eficaz do poder público ou dos estabelecimentos prestadores de serviço.
                 Atente-se que os pagamentos dos salários dos servidores, pelo Estado, por sua vez, já estão atrasados, criando obstáculos à sobrevivência regular dos cidadãos.
             Ademais disso, agora vivemos um terceiro e grave problema – o sucateamento dos Correios, outrora orgulho da população, para representar o carrasco dos usuários, porquanto o atraso na entrega (quando ela é feita) provoca inadimplência e prejuízos aos que buscam os seus serviços.
            Ontem, último dia do mês de fevereiro, recebi grande volume de correspondência, com 99% dos boletos vencidos – tinha até de janeiro, o que obriga o cidadão a fazer uso da internet para obter a remessa virtual.
            Como diz o adágio popular, além de queda, coice. Até quando vamos suportar tanto descaso na solução de problemas tão elementares?
            Enquanto nada se faz para amenizar tais problemas, podemos proclamar que indiscutivelmente, estamos com a qualidade de vida em baixa.


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