A criação dos cursos jurídicos em 11 de agosto de 1827 permitiu o
surgimento de ideais corporativistas à imagem da Ordre des Avocats da França, berço cultural dos bacharéis do
Brasil, ávidos por uma regulamentação profissional, uma vez já existente em
atuação, um certo número de advogados, provisionados e de solicitadores, que
não possuíam formação acadêmica oficial, mas para exercerem a advocacia faziam
exames teóricos e práticos.
A data de 11 de agosto, por conseguinte,
foi escolhida para comemorar essa grande iniciativa, considerada como O Dia do Advogado, consagrando as
forças do primitivo ideal do Parlamento do Império – alforriar, além da
independência política que fora conquistada, também a liberdade intelectual,
através dos Cursos de Direito de Olinda, Recife e São Paulo, como verdadeira
Carta Magna, que nos ofereceram os sempre lembrados Bacharéis Teixeira de
Freitas, José de Alencar, Castro Alves, Tobias Barreto, Ruy Barbosa, o Barão do
Rio Branco, Joaquim Nabuco, Fagundes Varella, dentre tantos outros e que
inspirou o Mestre Prado Kelly a dissertar:
“... só há justiça, completemos, onde possa haver o ministério independente,
corajoso e probo dos advogados. Tribunais de onde eles desertem, serão menos o
templo do que o túmulo da Justiça.”
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