Caros amigos,
meu amigo, o poeta cubano Félix Contreras, manda-me, de Havana, belo poema-homenagem, em espanhol e português, sobre Cinderela, minha cadelinha recentemente falecida. Essa Cadelinha era mesmo incrível, e Contreras chegou a conhecê-la numa de suas viagens ao Brasil, quando esteve na "Vivenda da Conceição" da "Fazenda Lagoa Nova".
Seguem, pois, dois anexos: a poesia-homenagem de Contreras e a versão final de meu poema.
Abração,
Horácio Paiva
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Cinderela, la perrita del poeta Horacio Paiva, murió ayer y, hoy por la
mañana
aparecieron en el cielo grandes nubes
en las que una
tenía la semejanza de ese dulce animalito
jugando con otra nube con forma de vieja dama blanca llena de envidia y de
odio
mirando hacia abajo hacia la tierra
cuánta alegria, cuánto amor dejó Cinderela
para todos en la Vivienda de la Concepción.
Cinderela
Cinderela, a cachorrinha
do poeta Horácio Paiva, morreu ontem mas, hoje, pela manhã
apareceram no céu
grandes nuvens
entre elas uma
tinha a semelhança
desse doce animalzinho
brincando com outra
nuvem com imagem de velha dama branca cheia de inveja e ódio
olhando abaixo lá
embaixo a terra
quanta alegria, quanto amor deixou Cinderela
Felix Contreras
La Habana y 2017
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CINDERELA
São naturais o lamento e o choro
Ante a notícia pela voz da tarde:
Cinderela, a cachorrinha, morreu
E não esperou a minha volta
A nostalgia não substitui o amor
Nos dias lentos que se arrastarão
Mas o legado do silêncio
Guardará os seus latidos
O ruído de suas patas ligeiras
Sua alegre correria
Era a primeira
A mais velha
A matriarca
Mãe de todos os cães
Nesta “Vivenda da Conceição”
Com delicadeza brincava
E animava cães e crianças...
Se em vosso reino, Senhor
Houver lugar para os cachorrinhos
Lembrai-vos de Cinderela
E de quanta alegria nos deu
- Horácio
Paiva
16/8/2017 -
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