Curta-metragem
revisita vida e obra do ator Fernando Athayde
O documentário de curta-metragem “Athayde”
revisita vida e obra do ator natalense
Fernando Athayde, que ultrapassou as divisas do Rio Grande do Norte para
conquistar os palcos do Brasil. Roteirizado e dirigido pelo realizador
audiovisual Paulo Dumaresq, a obra fílmica é uma produção independente, que
lança luzes sobre a trajetória do artista, com depoimentos de familiares e
amigos.
Com o apoio do Instituto Federal do
Rio Grande do Norte (IFRN) e da Cinemateca Potiguar, o curta será lançado no
dia 10 de março, às 20 horas, no auditório do IFRN Cidade Alta. A entrada é
gratuita e a classificação indicativa é de 10 anos.
Foram convidados e aceitaram
participar do documentário a mãe Terezinha Costa e o irmão Fábio Henrique, além
dos amigos Ana Cristina, produtores culturais Lula Belmont, Marcos Sá e Ricardo
Nelson, dramaturgo Jobel Costa, atriz Kinha Costa, e o diretor teatral João
Marcelino.
No evento, serão exibidos, ainda,
os curtas-metragens “Não faça silêncio” (preto & branco e cor, 11’, 2014),
de Suerda Morais, e “Reformatório Krenak” (cor, 21’, 2016), de Rogério Corrêa.
Trajetória
Fernando inicia a carreira no
teatro natalense nos anos 1970, integrando a Companhia de Teatro Jesiel
Figueiredo, onde atua na peça “O santo inquérito”, de Dias Gomes. Em seguida,
transfere-se para o Grupo Aquarius de Teatro, representando nos espetáculos “As
aventuras de Simbad, o Marinheiro”, “Ponto de partida” e “Os andantes”.
Ao conhecer Raul Cortez, em Natal, a
carreira de Fernando Athayde dá uma guinada. Por intermédio do consagrado ator,
ele migra para São Paulo. Em 1980, integra o elenco do espetáculo “Tratado
geral sobre a fofoca”, dirigido por Zécarlos Andrade. Contracena com Selma
Egrei e Cristina Pereira.
No ano seguinte, atua no infantil
“No reino da palhaçada”, texto e direção de José Roberto Caprarole. Ainda em São
Paulo, faz curso no CPT do SESC, sob a batuta do diretor Antunes Filho.
Entre idas e vindas, interpreta
personagem na comédia “As três Marias”, com direção de Gilberto Sérgio, e “A
greve”, do Grupo Estandarte de Teatro, em 1988. Fernando atinge o ápice da
carreira com o espetáculo “A missão” (1989), de Heiner Müller, uma montagem da
Stabanada Companhia de Repertório, com direção de Carlos Nereu. O espetáculo
circula pelo país e Athayde conquista o prêmio de Melhor Ator em todos os
festivais de teatro que participa.
Pela sua destacada atuação, é convidado
pelo diretor Paulo de Moraes, da Armazém Companhia de Teatro, para fazer uma
homenagem ao escritor Oswald de Andrade, no espetáculo “Périplo, o Ideograma da
obsessão”, e numa coletânea de textos de William Shakespeare, intitulada “A
construção do olhar”, juntamente com o ator e diretor potiguar João Marcelino.
O último trabalho de Athayde foi na
peça “Pantaleão e as visitadoras”, dirigida por Ulisses Cruz, onde contracena
com a atriz Cássia Kiss. Fernando Luis Costa Athayde de Almeida faleceu em 16
de agosto de 1993, em São Paulo, após complicações decorrentes da Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (SIDA).
“Athayde” é uma realização do
Coletivo Audiovisual Vaga-lume e da produtora Du’mar Cinematográfica, com o
apoio da Ágil Fotografia e da CaSu Filmes. Integram a equipe de “Athayde” os
profissionais Alex Régis (diretor de fotografia), cineasta Suerda Morais
(editora), Camilla Natasha e Davis Josino (produtores de set), Nilson Eloy (som
direto e mixagem), Adriano Azambuja (composições e direção musical) e os
estagiários Anderson Régis e Ravena Henrique.
O quê? Lançamento do curta-metragem
“Athayde”.
Quando? Dia 10 de março, às 20
horas.
Onde? Auditório do IFRN Cidade
Alta.
Quanto? Gratuito.
Classificação indicativa? 10 anos.
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