UM PRESENTE DE NATAL
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES,
escritor.
O NATAL,
no seu significado verdadeiro, é a renovação do MENINO DEUS em nossos corações, através de uma reflexão do quanto
vivido e perspectivas para o porvir.
Com isso, temos a oportunidade de fazer as
retificações necessárias para a continuidade do correto caminhar em todas as
trilhas e caminhos da vida e, por tal razão, agradecemos a dádiva de ainda
estarmos nesta dimensão da existência e no convívio com os mais queridos.
Por tudo isso, emerge no mês do nascimento do
CRISTO, independentemente de sermos
cristãos ou não, um clima de confraternização onde nos acostumamos a dar e
receber presentes.
Essa troca de benesses não é necessariamente,
de presentes físicos, mas igualmente de gestos largos, reconciliação,
solidariedade, gratidão, reconhecimento, um abraço, uma palavra, uma mensagem,
enfim, algo que traga conforto e alegria para quem dá e quem recebe.
Isso nunca faltou no lar de Dr. José Gomes e
Dona Ligia, razão pela qual os seus descendentes mantêm o costume ou tradição.
Registro o êxtase da infância ao verificar, após uma noite de jantar especial,
no amanhecer do dia seguinte, debaixo da cama ou rede, no dia de Natal, de encontrar
sempre alguma coisa: um calçado ou uma roupa nova - no tempo das vacas magras
(que muito se repetiu), ou uma bola, um velocípede ou, aquilo que mais me
encantava: alguns soldadinhos de chumbo dentro de uma caixa de charuto. Pensar
nisso faz retornar emoção!
Mas, retornando ao texto, gostaria de revelar
o nosso presente deste Natal: após cerca
de 10 dias passados, desapareceu da nossa casa a gatinha “Rabuda”, assim
chamada pela beleza da sua cauda. Dias de aflição e buscas, depois de tristeza
e saudade. No entanto, no início da semana natalina, eis que pelas 22 horas
ouviu-se um miado e ao encontro daquele som já familiar, lá estava a menina ao
pé do portão. Foi uma explosão de alegria seguida de um lauto jantar e uma
noite de sono solto e gratidão a Deus por esse presente inusitado.
Acredito que receberei algumas críticas por
me dar a falar sobre algo, aparentemente tão trivial. Eu as perdoo, pois nada
mais confortante do que um sentimento verdadeiro, simples, mas que preenche de
alegria um casal idoso, que ainda conserva dessa longa caminhada, aquilo que
representa amor em todas as dimensões.
Estamos
agradecidos a DEUS pela sua infinita bondade em nos devolver a filha pródiga
ou, talvez, recolhida inadvertidamente por alguém que passava, mas que soube
tratá-la bem e com carinho e por isso tem a nossa gratidão. Mas nossa gatinha
preferiu o amor dos seus hospedeiros permanentes.
FELIZ NATAL A TODOS.
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