Recomendo aos meus leitores o artigo de CARLOS FIALHO publicado no Novo Jornal, edição de hoje, com o título "Lançamentos literários 1: sobre dedicatórias e autógrafos.
No discorrer da matéria traça, com realidade, o sentimento de um autor no dia do lançamento do seu livro.
Efetivamente são instantes de extremo sacrifício para o autor, que na tarefa de dar autógrafos deixa os seus convidados ao abandono! Por essa razão alguns escritores preparam previamente um texto de oferecimento e deixam apenas a tarefa de assinar, tirar fotos e brindar. Eu já fiz isso com sucesso.
Outro aspecto abordado por Fialho diz respeito aos costumeiros "brancos" de nomes dos amigos, fato corriqueiro e do qual passei momentos de pânico.
Quando lancei em 2002 o livro "Testemunhos", em homenagem ao centenário do meu pai, na festa de lançamento no espaço Varandas, em determinado momento me deparei com a presença de Inácio Magalhães de Sena, figura emblemática do nosso Estado a quem chamamos carinhosamente de "Bispo de Taipu". Na ocasião não lembrei o seu nome, apenas a indicação da sua "graduação eclesiástica", pois até então a minha aproximação com ele datava de pouco tempo. Pedi licença aos que estavam na fila e rapidamente fui até Abimael que estava na venda dos livros e lhe perguntei: "como é mesmo o nome do Bispo de Taipu?".... Ah! estava salva a pátria! Mas o aperreio foi muito grande.
Com o tempo fui aprendendo macetes: "Como é seu nome todo?" e coisas semelhantes. Acreditem, cheguei a ter dúvidas do nome de um sobrinho.
Hoje já melhorei um pouco e prefiro alternar os autógrafos com confraternização com os amigos, inclusive fazendo alguns brindes comedidamente, aproveitando efetivamente a festa, que costumo oferecer com essa finalidade - confraternização, reencontro, alegria.
Adotarei, doravante, os autógrafos preventivos, como chama o articulista, até porque as forças já me faltam e mais rapidamente fico cansado.
Taí uma prosa boa desse jovem escritor, que promete abrir uma livraria. Tenha a certeza que serei um assíduo frequentador, até pelo fato de que sou seu leitor e admirador.
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