JANSEN LEIROS*
Cada dia, meditando sobre as
aventuras do Pe. Marrocos, no Ceará, sobre suas habilidades polivalentes, mais
penso em DEUS! No recolhimento a que entregou-se na chácara que lhe fora
colocada à disposição por Pe. Cícero Romão Batista, seu primo legítimo e
companheiro de atividades religiosas, conclui que faz-se necessário mergulhar
fundo na percepção dos planos divinos e, nessa tarefa, analisar com cuidado e
carinho, os envolvimentos das personalidades que trafegam pelos caminhos dos
projetos de DEUS, o Grande Arquiteto do Universo e das Vidas nos Sistemas Planetários. Entreguemo-nos a essa meditação!
Cabe-nos, porém, na oportunidade
dessas reflexões, utilizar a acuidade para encontrar ou identificar a base da
causalidade de cada um procedimento; de seus respectivos impulsos! De
identificar seus efeitos, justifica-los ou não, objetivando dar um rumo às
tarefas planejadas por cada um de nós,
no sentido de obter os resultados ideais,
programados!
Marrocos era uma pessoa interessante
sob vários aspectos! Filho de padre,
muito cedo inclinou-se à vida monástica e envolveu-se nos impulsos de estudar e
o fez ecleticamente. Sem descanso,
permanentemente; dando ênfase às suas ocupações cognitivas. Seus superiores conheciam essas tendências e
tal percepção aliviava os cuidados que a ele deveriam ser direcionados! Assim, transcorreu a vida de Marrocos, quer
na infância, quer na adolescência! Marrocos fora um ser aplaudível!
Sua primeira frustração eclodiu,
como pancada forte, quando, por motivos financeiros seus estudos não puderam
ser custeados por seus responsáveis, e começaram a escassear os meios de sua
manutenção.
Cícero, que era detentor de certo
recurso, resolveu apoiá-lo no que competia às necessidades mais urgentes e
imediatas e o fez sem restrições.
Marrochos era o irmão que Cícero desejava ter tido!
Além do lado afetivo, tal
comportamento de Cícero, ligou-o mais fortemente ao primo.
O tempo passou! Marrocos foi
sedimentando o “apelido” que ganhara no seminário, “dr. sabe tudo”. Tornara-se
conhecedor de física, química, ciências naturais, um pouco de astronomia,
rudimentos de astrologia, (com as devidas cautelas da
vigilância do clero).
Na prática, tornou-se botânico, cultivando
flores silvestres e passou a criar galinhas, fazendo experiências muito
interessantes. Promovia acasalamentos com tipos de diferentes espécies, tendo como objetivo obter
novas raças! Fazer híbridos!
Naquele momento, por demais atarefado com
crescimento da paróquia, Cícero repassou para o Marrocos a incumbência de tratar da correspondência com o Vaticano, onde desdobrou-se nos estudos
de línguas estrangeiras, principalmente da língua italiana, do Latim e do Grego.
Marrocos foi um exemplo vivo de aluno atento,
estudante dedicado e professor versátil.
Por todo esse contexto, CADA DIA, PENSO MAIS EM
DEUS!
Jansen Leiros*
Da Academia Macaibense de Letras;
]Da Academia Norte Rio-grandense de Trovas;
Da União Brasileira de Escritores;
Do Instituto Histórico e Geográfico do RN;
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