quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A SINA DOS SERVIDORES
Carlos Roberto de Miranda Gomes

No descalabro deste governo atual do Rio Grande do Norte, tomo a experiência de ameaças de atraso no pagamento dos proventos pela primeira vez, se não bastasse o não pagamento da Parcela Autônoma de Equivalência desde junho próximo passado, indenização essa que foi resgatada, de forma discriminatória, em sua totalidade em favor dos "poderosos" e fatiada para os sem poder.
Por outro lado, se já é grave o atraso, quanto mais a dúvida de em verdade quando voltaremos a ter o direito de receber o que é do nosso direito no tempo devido!
Tenho muita experiência em serviço público e digo que o problema não é falta de recursos, mas de competência da gestão pública, que não soube definir as prioridades e deu-se ao gasto de coisas adiáveis. Ainda ontem chega a notícia de inauguração de uma super-sala para dar guarida aos trabalhos da Copa de 2014. No entanto, as cantadas e decantadas obras de mobilidade urbana ainda estão por vir. O Secretário de Segurança em recente entrevista encheu a boca de "Legado", pura enganação para esconder a falta de planejamento. Afinal, ele também é político e chefe de Partido.
Então, quem vai pagar a conta? os esquecidos, os aposentados, os que não têm força nem prestígio político.
Agora começa nova etapa - elaboração da Lei Orçamentária Anual para 2014, onde o Poder Judiciário e o Ministério Público não admitem diminuição em suas estimativas. No deles não pode, mas no dos outros sim. Parece até que não estão no mesmo barco, embora que planeja e arrecada seja o Executivo - os outros gastam apenas.
Continuamos no tempo do Império - período dos favores, a República já era, ou mesmo já é, mas para os que estão De Cima, olhando a periferia, de bolsos cheios, sem a preocupação com o dia de amanhã.
Já somos chamados de Rio Greve do Norte diante da situação da Administração Pública, que não enxerga as coisas mais importantes - os seus servidores, exatamente aqueles que fazem funcionar os serviços públicos que corresponde ao retorno do que se paga de impostos pela população.
O Estado é uma criatura, criada por ficção jurídica pelo povo, seu criador. Mas aqui a criatura se volta contra o seu criador, que só é lembrado em ano de eleição.
Senhores Secretários, não fiquem a dizer somente amém, cumpram os seus deveres com independência, capacidade e respeito ao povo e não somente por fidelidade canina a um governo sem competência. Se não puderem trabalhar pela falta de atenção dos governantes, entreguem os seus cargos, mas não sacrifiquem as suas dignidades!
Quando será que virá para o Brasil a sonhada Democracia - igualdade para todos perante a lei!!!!!!!!!!

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