domingo, 20 de março de 2022

 


 


Novas Cartas de Cotovelo – verão de 2022-10

Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

 

         Este ano não tenho sido persistente em escrever minhas Cartas de Cotovelo. Não é preguiça, mas os assuntos que me chegam não são tão construtivos que mereçam algum comentário.

         Contudo, com as chuvas ocorridas no dia de SÃO JOSÉ, decidi fazer o registro do fato que, para nós nordestinos, é de máxima importância.

         José, afinal, é o Santo dos Santos, pois escolhido para ser o pai adotivo de Jesus. Aquele que o criou, ensinou os primeiros passos, as primeiras palavras, a letras iniciais, a informação da sua missão na terra. Cuidou do menino com coragem e destemor, livrando-o das garras de Herodes.

         JOSÉ foi um homem de silêncio, recatado, mas uma criatura de ação, de grandeza e de santidade, merecedor, portanto, do respeito de todos os cristãos de qualquer de suas vertentes.

         Mas o que eu quero hoje invocar é a relação de São José com o inverno. Verdade científica ou apenas crença?

         O certo é que o Dia de São José é comemorado no dia 19 de março, coincidindo com a esperança na tradição dos católicos, em especial os do nordeste brasileiro, que acreditam que se chover até essa data é sinal de um bom período de precipitações.

         Historicamente, esse acontecimento tem dado certo na maioria esmagadora das vezes, não há porque se desprezar a crença.

No campo da ciência, acontece um movimento da Terra, denominado equinócio de outono, onde os dois hemisférios terrestres estão igualmente iluminados pelo sol – há equilíbrio temporal entre o dia e a noite.

Da sabência popular, divulgada abertamente nas redes sociais: “Existe a religiosidade que a gente respeita, com toda certeza. O dia 19 de março é próximo ao equinócio, que é quando o sol, na sua órbita aparente, passa a influenciar o hemisfério norte. Uma outra questão é quanto ao posicionamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Se, até março, que é a metade da estação chuvosa, ela não tiver contribuído para chuvas no Nordeste, isso acaba frustrando a qualidade da quadra chuvosa”, comenta”.

Seja como for, Ciência e fé se irmanam na crendice do povo e os fiéis honram o Padroeiro das Chuvas, na esperança de dias melhores.

Este ano a chuva foi bastante, enchendo açudes, regando os vales, renovando a esperança de que teremos um novo e radioso tempo, compensando as desgraças que assolam outros recantos da terra. OBRIGADO SENHOR. 

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Pintura do articulista.


2 comentários:

  1. Verdade, Dr. Carlos. Cresci ouvindo essa predição por ser o aniversário de mamãe e ela fazer questão de comemorar com chuva e bênçãos. Ontem foi esse dia maravilhoso no Nordeste brasileiro. Minhas felicitações pelo texto impecável!

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  2. Mestre Carlos, você sempre trazendo temas simples, que mergulham na alma de nossa gente. Vida longa aos seus escritos!

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