segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

 

Cartas de Cotovelo – Verão de 2023 – 7

Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

CARNAVAL DE COTOVELO 2023

Vim para a Comunidade de Cotovelo com a intenção de apreciar os dias de Momo, mas fui raptado por Morfeu, e aproveitei muito, por sinal.

Televisão (filmes), quem diria que chegássemos nesta praia paradisíaca a tanta modernidade, pois o noticiário só trouxe tragédias. Nem os desfiles tive coragem de assistir, senão as primeiras Escolas de Samba desde sexta-feira até o sábado (São Paulo) e Domingo no Rio de Janeiro. Hoje não sei suportarei a passarela, pois deixaram de apresentar a espontaneidade de outrora, para oferecer um mega espetáculo para turistas.

Abracei-me com orações, mas igualmente fiz boas leituras – uma delas surpreendente: “Diamantes Invisíveis”, de Paulo de Paula, organizado por Iveraldo Guimarães.  Não porque Paulo não fosse uma pessoa importante, empresário bem sucedido, mas pela visão filosófica que me proporcionou em sua obra, muito bem organizada por Iveraldo, que já conhecia como do ramo. Paulo trata de sentimentos de conotação negativa – como rejeição, não pertencimento, impotência e egoísmo, que permitem se transformarem em positivos – generosidade e gratidão (ainda não terminei de ler), mas o quanto já o fiz me deu ansiedade para terminar até o final do Carnaval.

Ainda que, de longe, acompanhei o Carnaval da Promovec pelas fotos e vídeos e constatei que foi um sucesso. Parabéns para os novos dirigentes, que reverenciaram, no trajeto, o velho e querido folião Guga.

Preferi aproveitar os meus netos aqui comigo e com alguns colegas deles, para fazermos uma sessão de mela-mela, sob o comando da minha “Genra” Daniela, onde estiveram no cardápio: confete, serpentina, lança espuma, banho de mangueira e piscina, sob os acordes de músicas de velhos carnavais, coerente com a minha saudade de Thereza, que participava desta folia.

O paradoxo da alegria das festas com as tragédias em outros estados brasileiros, deu-me motivo para reflexões dos contrastes e a irreversível constatação de que o Espetáculo da Vida Deve Continuar.

Não vi o mar nesses dias de retiro, pois um pequeno problema de saúde obrigou-me a visitar uma clínica médica que me aplicou o “castigo” de ingredientes incompatíveis com uma cervejinha gelada e outras extravagâncias leniais.

Em nenhuma hipótese faltei com a obrigação diária e rigorosa de assistir missa e orar pelos amigos enfermos e espíritos dos que já foram chamados para a Eternidade.

Amanhã será o último dia de folia e ela não vai contar com a minha participação, por mera opção, pois sou daqueles que não vê nenhum satanismo nos que brincam e sim um tempo de alegria, confraternização com as melhores intenções possíveis, na certeza de que após a folia muitas amizades foram feitas, outras restabelecidas e se fez a PAZ nas terras brasilis.

 


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