São João Batista - Batista, aquele que batiza, nasceu
em Israel, próximo de Jerusalém, pela benevolência de Deus através de anúncio
do Anjo Gabriel, uma vez que seus pais já eram idosos – Zacarias, era um
sacerdote do templo de Jerusalém e Santa Isabel, que era prima de
Maria Mãe de Jesus, para ser o precursor do Messias e com a missão de pregar a conversão
e o arrependimento dos pecados manifestos através do batismo. Seu nascimento
foi fundamental para os novos tempos. João cresceu no deserto, onde viveu com
simplicidade, alimentando-se e vestindo-se com o que a natureza lhe
proporcionava, batizando o povo no rio Jordão. Foi a voz que clamava no deserto
e anunciava a chegada do Salvador. Ele é também o último dos profetas.
No cumprimento de sua Missão, em decorrência de sua
credibilidade, o povo pensava que ele era o Messias. Mas ele retrucava: Eu
não sou o Cristo, eu não sou digno de desatar nem a correia de suas sandálias.
(Jo. 1-27). Em outra passagem, ele disse: Eis o Cordeiro de Deus, que
tira o pecado do mundo. (Jo.1-29). Batista era uns seis meses mais
velho do que Jesus, o verdadeiro Salvador, que o procurou para ser
batizado, embora João declarasse: Eu é que devo ser batizado por
ti, e tu vens a mim? (Mt3-14).
Seu ministério foi tão importante que o tornou conhecido e
temido, tanto que isso lhe custou perseguição, prisão e morte trágica por ordem
do rei Herodes Antipas, verdadeiro fantoche de Roma na Peréia e na Galileia,
que praticara adultério, se unindo a Herodíades, sua cunhada.
São João Batista é consagrado como o primeiro mártir da
Igreja, e o último dos profetas. Sua festa é celebrada desde o começo da Igreja,
no dia 24 de junho.
Consagrado em todos os lugares do mundo, São João Batista tem
a maior devoção no Nordeste brasileiro numa dimensão única, proporcionando a
celebração constante de eventos religiosos e, em seu aniversário de nascimento,
se transforma em um verdadeiro espetáculo de cultura popular.
Registre-se, que nessas festividades, existe o simbolismo da
fogueira, que tem origem cristã, pelo fato de que Isabel, teria acendido uma
fogueira para avisar Maria sobre o nascimento do filho.
São João Batista, com sua história de fé, coragem e
profecia, mantém a tradição pelos seus devotos e continuadores de sua missão de
renovação espiritual.
Marca a tradição nordestina a presença de instrumentos e
coisas indispensáveis, como simpatias e adivinhações, os tocadores de sanfona,
a quadrilha - dança teatral com origem europeia, adaptada pelo povo
nordestino; Forró pé de serra, que deram destaque a artistas como Luiz
Gonzaga, Dominguinhos e outros mestres eternizaram a parte musical dos
folguedos; enfeites apropriados – bandeirinhas e balões; fogueira, comidas
especiais: pamonha, milho cozido ou assado, canjica, mungunzá, bolo de milho, pé
de moleque. Na parte mais religiosa não podem faltar a fé
popular nas Missas e procissões: nas igrejas e celebrações comunitárias.