terça-feira, 24 de junho de 2025

 


São João Batista - Batista, aquele que batiza, nasceu em Israel, próximo de Jerusalém, pela benevolência de Deus através de anúncio do Anjo Gabriel, uma vez que seus pais já eram idosos – Zacarias, era um sacerdote do templo de Jerusalém e Santa Isabel, que era prima de Maria Mãe de Jesus, para ser o precursor do Messias e com a missão de pregar a conversão e o arrependimento dos pecados manifestos através do batismo. Seu nascimento foi fundamental para os novos tempos. João cresceu no deserto, onde viveu com simplicidade, alimentando-se e vestindo-se com o que a natureza lhe proporcionava, batizando o povo no rio Jordão. Foi a voz que clamava no deserto e anunciava a chegada do Salvador. Ele é também o último dos profetas.

No cumprimento de sua Missão, em decorrência de sua credibilidade, o povo pensava que ele era o Messias. Mas ele retrucava: Eu não sou o Cristo, eu não sou digno de desatar nem a correia de suas sandálias. (Jo. 1-27). Em outra passagem, ele disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (Jo.1-29). Batista era uns seis meses mais velho do que Jesus, o verdadeiro Salvador, que o procurou para ser batizado, embora João declarasse: Eu é que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim? (Mt3-14).

Seu ministério foi tão importante que o tornou conhecido e temido, tanto que isso lhe custou perseguição, prisão e morte trágica por ordem do rei Herodes Antipas, verdadeiro fantoche de Roma na Peréia e na Galileia, que praticara adultério, se unindo a Herodíades, sua cunhada.

São João Batista é consagrado como o primeiro mártir da Igreja, e o último dos profetas. Sua festa é celebrada desde o começo da Igreja, no dia 24 de junho.

Consagrado em todos os lugares do mundo, São João Batista tem a maior devoção no Nordeste brasileiro numa dimensão única, proporcionando a celebração constante de eventos religiosos e, em seu aniversário de nascimento, se transforma em um verdadeiro espetáculo de cultura popular.

Registre-se, que nessas festividades, existe o simbolismo da fogueira, que tem origem cristã, pelo fato de que Isabel, teria acendido uma fogueira para avisar Maria sobre o nascimento do filho.

São João Batista, com sua história de fé, coragem e profecia, mantém a tradição pelos seus devotos e continuadores de sua missão de renovação espiritual.

Marca a tradição nordestina a presença de instrumentos e coisas indispensáveis, como simpatias e adivinhações, os tocadores de sanfona, a quadrilha - dança teatral com origem europeia, adaptada pelo povo nordestino; Forró pé de serra, que deram destaque a artistas como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e outros mestres eternizaram a parte musical dos folguedos; enfeites apropriados – bandeirinhas e balões; fogueira, comidas especiais: pamonha, milho cozido ou assado, canjica, mungunzá, bolo de milho, pé de moleque. Na parte mais religiosa não podem faltar a fé popular nas Missas e procissões: nas igrejas e celebrações comunitárias.

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Texto e pintura de Carlos Roberto de Miranda Gomes

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