THEREZINHA ROSSO
GOMES,
Filha dos imigrantes italianos – Rocco Rosso e Rosina Lovisi,
naturais de Casaletto Spartano, Província de Salerno, que vieram para o Brasil,
respectivamente em 1926 e 1935, trazendo a filha Rachele Rosso e aqui nascendo
em 21 de julho de 1936 a inesquecível THEREZINHA, que hoje completaria 89 anos,
não fosse o chamamento do Criador em 31 de março de 2019.
A minha homenageada foi alfabetizada por Dona Dinorah
Bandeira, sua vizinha da Rua Meira e Sá, passando para os cursos regulares do
Instituto Batista de Natal, Colégio Nossa Senhora das Neves e Escola
Profissional Feminina.
Quando cheguei em Natal, pelos idos de 1948, fui morar na
mesma rua, sendo vizinhos da Rua Meira e Sá – ela no 118 e eu no 120. Daí em
diante fizemos amizade, que se transformou em coleguismo, namoro, noivado e
casamento em 1963 até o final de sua existência, tendo assim a duração de 71
anos de convivência, sendo 54 anos de casados renovados em leito do Hospital da
UNIMED pelo Padre Francisco Motta, da Matriz de São Pedro Apóstolo, Igreja que
nos abrigou desde tenra idade, ao tempo do Padre Martinho Stenzel.
Licenciada para lecionar, não teve essa oportunidade, haja
vista o nosso casamento em 16 de março de 1963 e a vinda dos filhos Rosa em
1964; Thereza Raquel 1967; Carlos Roberto 1969 e Rocco José em 1971. Daí em
diante agigantou-se a mulher e mãe, suprindo todas as lacunas no lar e cuidando
dos filhos com extraordinário cuidado, em todos os sentidos – educação
familiar, saúde, religião e estudos, tanto que todos eles chegaram aos cursos
superiores, ao mesmo tempo em que deu suporte para as minhas conquistas profissionais
e culturais.
Companheira perfeita para administrar o grupo familiar, deu
sucessivas provas de desvelo, suprimento e conciliação da vasta família Miranda
Gomes e Gomes da Costa, ganhando a amizade e confiança de todo o grupo
familiar, que a tratava com transcendental carinho.
A sua Páscoa definitiva pareceu o fim do meu caminhar nesta
dimensão da existência. Contudo, após longo período de mergulho no isolamento e
solidão, foram os seus exemplos e ensinamentos que trouxeram a luz necessária
para a continuidade da família e assim, mantendo o culto à sua memória,
continuamos a labuta diuturna sempre a colocando em nossas vitórias e
dificuldades, sem diminuir a intensidade, como viva estivesse fisicamente.
Hoje, mais uma vez, estaremos na nossa Igreja do Alecrim
orando por ela e nos confraternizando pela dádiva de termos merecido a presença
de tão formidável criatura, cujos exemplos de vida e ações continuam vivos em
nossos espíritos ad aeternum.
QUERIDA THEREZINHA, DONA THEREZA, TECA, PARABÉNS PELO SEU
ANIVERSÁRIO E EXEMPLAR EXISTÊNCIA.