terça-feira, 31 de março de 2020


AMOR, UM ANO, A VIUVEZ

Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes


      Hoje, dia 31 de março de 2020, traz à nossa memória aquele domingo de tristeza de um ano atrás, quando no sono da esperança, sem agonia, voltou para a casa do Pai a nossa inesquecível THEREZINHA ROSSO GOMES, minha menina de tranças, com quem dividi 71 anos de amizade, alguns de namoro, um de noivados e 56 de laços matrimoniais.


      Todos conhecem a minha dor e as minhas mensagens dedicadas a ela, não reprimindo a proclamação da saudade que permanece íntegra entre os seus filhos, netos, genro e noras, irmã Rachele e demais parentes e incontável número de amigos que compareceram em massa em sua partida, dando mostras que ela era uma pessoa singular de esposa, mãe, avó e amiga.

      Nesta data, pelo inusitado do surgimento de uma pandemia, foi impossível a reunião na igreja que frequentava - Matriz de São Pedro, mas nem por isso vamos deixar de fazer uma corrente de oração, que estimaria fosse às 17 horas, em sufrágio da alma da pranteada pessoa.


      Aproveito para enaltecer a permanente solidariedade dos amigos e parentes em reiteradas manifestações, em particular da Igreja Católica através do Pe. MOTTA, que preparou a pranteada para o momento do encantamento de THEREZA, celebrando no Hospital da Unimed a renovação das bodas o que trouxe a todos e a ela, em particular, uma alegria incomensurável, ato que o referido pároco e amigo o repetiu neste 16 de março de 2020, comparecendo à nossa residência para reiterar a data nos seus 57 anos. Hoje, pela TV Futuro, celebrou Missa, também em sufrágio da alma da nossa inesquecível esposa, mãe, avó e amiga.  SALVE THEREZINHA.

AINDA QUE O AMOR EXISTA

MAS TAMBÉM A DOR PERSISTA

ESTÁ DOENDO DEMAIS!

SENHORA MÃE DO SENHOR
COBRI COM O SEU MANTO SAGRADO
A VIDA DO MEU AMOR

  

domingo, 29 de março de 2020

PARABÉNS AO IHGRN



A Casa da memória norte-rio-grandense completa 118 anos de serviços prestados ao Rio Grande do Norte 

Bruno Balbino Aires da Costa
Sócio efetivo do IHGRN

      A “Casa da memória norte-rio-grandense” é a marca registrada do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Porém, o que o termo significa? Qual a sua relevância para a sociedade norte-rio-grandense nesses 118 anos de história?  
      Primeiramente, a imagem da Casa da Memória diz respeito ao seu comprometimento em preservar os milhares de documentos raros alusivos ao passado remoto e imediato do estado. Segundo, a mencionada alcunha justifica-se pelo seu interesse institucional em não deixar olvidar a memória histórica do estado. 
      Nesse sentido, a imagem da Casa da Memória tem um duplo sentido: o da memória arquivada e o da memória histórica.   O IHGRN organizou uma memória arquivada por meio do ato de coligir e metodizar documentos referentes ao Rio Grande do Norte. Vale lembrar que o Instituto Histórico surgiu de uma necessidade política e territorial: reunir uma documentação que pudesse subsidiar a defesa do estado em relação à questão de limites territoriais com o Ceará na virada do século XIX e começo do XX.       Nesse momento histórico, o Rio Grande do Norte não tinha uma instituição, como o Instituto do Ceará, que pudesse, concomitantemente, reunir uma documentação e a partir dela produzir e publicar um conjunto de textos acerca da questão de limites. 
      Foi da necessidade de fornecer documentos para a defesa jurídica na querela territorial com o Ceará que começou a veicular, entre os círculos letrados e políticos do estado, a ideia de criação de um instituto aos moldes do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil (IHGB). Tal interesse foi concretizado em 29 de março de 1902 com a fundação do IHGRN. 
      Durante muito tempo, o Instituto tornou-se uma espécie de arquivo do estado, copiando e reunindo um conjunto de fontes concernentes ao passado do Rio Grande do Norte. Mas não foi só isso. O Instituto histórico produziu uma memória histórica para o estado, elaborando a partir dela uma articulação com a memória nacional. 
      O IHGRN foi a instituição que formulou as bases da identidade histórica do estado. No jogo complexo de diatribes pela naturalidade dos personagens históricos, como Felipe Camarão, e pelo interesse em evidenciar o papel proeminente de Frei Miguelinho na Revolução de 1817, os sócios do IHGRN mobilizaram-se para construir o panteão de heróis norte-rio-grandenses. 
      No começo do século XX, fazia-se necessário evidenciar a singularidade do estado no conjunto geral da nação. Era preciso assinalar o lugar do Rio Grande do Norte na construção da memória nacional. Dessa tarefa encarregou-se também o IHGRN.       Em termos atuais, a agremiação continua priorizando a preservação da memória documental e reforça a memória histórica produzida pelos seus associados, desde os primeiros anos de sua existência. 
      O Instituto orgulha-se da herança memorial e preserva a imagem de que a agremiação é a Casa da Memória norte-rio-grandense.  
      É no âmbito da Casa onde há o refúgio tranquilo contra os perigos e as ameaças dos que estão fora. É nela também que se produz uma memória comprometida com os valores e os interesses dos que estão dentro dela, daqueles que orbitam no espaço privado do Instituto. É a Casa da Memória, porque efetivamente produziu-se e guardou-se, ao longo dos seus 118 anos, a memória norte-rio-grandense do perigo do esquecimento.