sábado, 18 de maio de 2019




MARIA, A ESPOSA DE JOSÉ – A SAGRADA FAMÍLIA
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

     Atravessamos a metade do mês de maio, que no calendário religioso católico é consagrado a MARIA, mãe do Redentor, em que pese o fato de que isto não é unânime entre os cristãos, porquanto alguns obscurecem o papel da mãe de Jesus quando dão interpretação equivocada às palavras bíblicas.
     Toda mãe, pelo simples fato de conceber vidas já pode ser considerada escolhida por Deus, quanto mais aquela que perdeu o seu filho na cruz para salvar a humanidade. Tenho em meu pensar, que mãe é a criatura mais gloriosa da criação de Deus.
     Contudo, não é essa a abordagem que pretendo com este modesto escrito e sim o de exaltar a esposa, como ensina o Livro Santo:
Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres,
como a seus próprios corpos.
Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
(Efésios 5:28)
     Ao trazer essa mensagem, venho testemunhar o valor incomensurável da mulher, esposas, companheiras, amigas ou amantes no melhor dos sentidos do sentimento humano, pois no fatídico (para mim) dia 31 de março deste ano cruel perdi a criatura que mais amei na vida, cuja falta sinto todos os dias e em todos os momentos.
     THEREZINHA, a minha eterna THEREZA não era simplesmente uma esposa, mas sim uma criatura abençoada que sentia prazer nas tarefas domésticas, prudente em todas as suas ações, promotora da paz e da harmonia no lar e entre as pessoas que a cercavam, cuidadora excelente da qualidade de vida dos filhos, benfeitora dos necessitados, conciliadora que somente levava a alegria e a paz para os circundantes.
     Sua partida deixou em mim apenas gratidão a Deus, que a livrou do sofrimento e permitiu que deixasse esta dimensão da vida com a paz de criança dormindo, com um sorriso triunfante de quem soube honrar a existência.
     Espero que os amigos não me tomem como uma pessoa frágil pela insistência em recordar quem lhe acompanhou por 71 anos, mesmo tempo de vida de Dona Lígia, que guardava os mesmos Predicados de THEREZA, mas pelo que vejo do seu trabalho, do exemplo e dedicação, será pouco recordá-la diariamente.
     Considero que a minha missão ainda não terminou pois tenho a obrigação de continuar a sua obra, certamente sem a mesma competência, mas para isso elevo a minha oração ao Senhor, para que me conceda o dom da sabedoria e mantenha viva em mim a chama da Graça e da Misericórdia que vem de Ti.
     Dá-me a sabedoria para saber julgar corretamente; saber solucionar os problemas e retirar os entraves que atravessam o caminho; concede-me um coração que possa ter forças para ajudar o próximo.
     Assim como Atendestes a Salomão para encontrar a sabedoria, eu rogo que possa merecer uma pequena fagulha desse divino tesouro.
     Obrigado a todos pela solidariedade e aos amigos do Rotary Club Natal-Sul que hoje celebraram a páscoa e se lembraram dos que partiram para a casa do Pai, tudo sob o competente comando do estimado confrade Cônego José Mário.


quarta-feira, 15 de maio de 2019



IRMÃ DULCE AGORA É SANTA
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

        Esta semana o Brasil viveu momentos de emoção ao tomar conhecimento do decreto papal reconhecendo outro milagre de Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (Salvador, 26 de maio de 1914 — Salvador, 13 de março de 1992), mais conhecida como Irmã Dulce, Beata Dulce dos Pobres ou Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, tendo recebido o epíteto de "o anjo bom da Bahia".
        Irmã Dulce foi uma religiosa católica brasileira, que fez muitas ações de caridade e assistência para quem mais precisava e agora está a caminho da canonização. Sim, IRMÃ DULCE, a Santa protetora dos desvalidos.
        O fato tem um significado maior para a família Rosso-Gomes, posto que era a figura mais venerada pela nossa pranteada THEREZINHA ROSSO GOMES.
        Em família comentamos a alegria que certamente THEREZA estará sentindo, em saber da boa nova “Hozanas”. Venceu a verdade, triunfou a Justiça, aumentou a alegria de ter a Primeira Santa brasileira.
        A grandeza da nova Santa está em suas obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados, atitudes que praticou desde a mais tenra idade e a colocou na estrada do amor ao próximo, quando abrigava os carentes na casa de seus pais, partindo para a criação e manutenção de várias instituições filantrópicas, das quais ficou famoso o Hospital Santo Antônio, construído no lugar de um galinheiro do Convento Santo Antônio.
        Ela é considerada uma das mais importantes ativistas humanitárias do século XX, sendo apontada como referência nacional e internacional no capo das atividades humanitárias do mundo.
        Pelo seu exemplo de caridade e amor ao próximo, teve seu nome indicado para o Prêmio Nobel da Paz em 1988, mas não logrou sua eleição. Contudo, passou a ser reconhecida seguidamente pela Igreja Católica que a tornou beatificada em 2011 pelo Papa Bento XVI, e agora indicada a canonização pelo Papa Francisco.
        Irmã Dulce é a primeira Santa Católica nascida no Brasil, confirmando o que já ocorrera em 2001, quando foi eleita "a religiosa do século XX", em uma eleição que foi publicada pela revista Isto É.
        Por deceto do então governador da Bahia, Jaques Wagner, em 2014, foi instituida a data de 13 de agosto como o Dia Estadual em Memória à Bem Aventurada Dulce dos Pobres.
        Em 2000, foi distinguida pelo Papa João Paulo II com o título de Serva de Deus e chegou a visita-la na Bahia em sua agonia.  

segunda-feira, 13 de maio de 2019




13 DE MAIO.
Luzes espirituais de Maria, em dois poemas marianos...

FÁTIMA

Na penumbra de meu quarto
rezo o terço.

Seis horas  -
o vento descansa nas árvores.

E procuro uma azinheira
onde possa ver teu rosto,
Senhora.


EN EL TREN DE SEVILLA

Adónde vas, caro señor?
-  A Sevilla, de los gitanos.

Y lo que quieres allá?
-  Una bella vírgen.

Y esto, cuanto costa?
-  Toda la vida,
pués así la he buscado.

La vida que puse
En sus manos,,,    


(Horácio Paiva)


O segundo poema, dito em português:

NO TREM DE SEVILHA

Aonde vais, caro senhor?
-  A Sevilha, dos ciganos.

E o que queres ali?
-  Uma bela virgem.

E  isto, quanto custa?
-  Toda a vida,
pois assim a tenho procurado.

A vida que pus
em suas mãos...

   

domingo, 12 de maio de 2019



ENTRE A DOR DA SAUDADE E A ALEGRIA DO EXEMPLO
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes
         Hoje é o dia 12 de maio de 2019 – DIA DAS MÃES, o primeiro que passamos sem a nossa querida THEREZINHA ROSSO GOMES (minha THEREZA), ainda sob a emoção da partida próxima. Contudo, este sentimento que agora pretendo expressar deverá ser constante até o reencontro na eternidade. Um abraço a TODAS as mães da nossa família.
         Como mãe, sou testemunha do seu desvelo, do amor intenso, do zelo, do cuidado com o presente e o futuro e da constante preocupação com o bem-estar de todos, particularmente do meu.
         Não canso de dizer a grandeza dessa mulher, aparentemente frágil, um verdadeiro “cristalzinho” como diziam suas amigas, mas na essência uma guerreira, que nunca semeou a discórdia e sempre cultuou a compreensão, por isso sendo reconhecida por todas.
         Ainda não me acostumei a viver sem sua presença física. Mas certamente seu semblante não sai da minha memória, reforçada pelo retrato que guardo em meu lugar preferido no qual a reverencio todos os dias, com um beijo de saudade e com o respeito de marido.
         Tenho procurado frequentar todos os lugares que com ela passei momentos de grande alegria, oportunidade em que vejo no pensamento o seu porte elegante, seu permanente sorriso na face, que não abandonou nem mesmo nos momentos mais difíceis do seu internamento. Ela cumpriu a máxima do Criador: “Deus te quer sorrindo”. Ontem visitei o chorinho da Praça da Alegria (Praça Padre João Maria) e testemunhei para os presentes a sua despedida da vida após a última visita à audição comandada por Carlos Zens.
         Hoje, com os filhos, visitei o Campo Santo do Morada da Paz e no lugar onde repousa seu corpo físico, juntamente com os meus pais e o irmão Fernando. Lá fizemos preces e saímos com a paz de Cristo. Depois visitamos Rachele e Hilma e agora nos preparamos para o almoço em família.
         Por mais tempo que me for concedido para permanecer nesta dimensão da vida, em nenhum segundo esquecerei que vivi com uma Santa, com uma mãe extremada no grau maior que se possa considerar um ser terreno. Não adianta que o tempo passe, pois seus exemplos estão presentes em tudo – nas flores do seu belo jardim, nos animais que nele habitam, do rosto de cada amiga e amigo, no convívio dos filhos e netos e na procura daqueles seres necessitados que a procuravam e procuram, ainda, pelo nome doce de Dona Therezinha.
         Querida, tudo está absolutamente igual ao que você deixou e a casa vive e respira você permanentemente.
         Receba hoje a homenagem da sua família:
Tesouro da minha vida,
Honra e glória do viver
Estrela do meu caminho
Razão que alimenta o meu ser.
Esse lamento doído
Zoando minha canção
Acalenta o meu sofrer.