quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

 

Viver

 

Berilo de Castro

A vida nos traz momentos de alegria, de felicidade, de paz, como também de tristeza, de sofrimento e de depressão. Não poderia ser diferente. Ela (a vida) gira como um carrossel no parque da existência humana.                         

Há momentos felizes e tristes, todos eles com início, meio e fim. Ninguém escapa, ninguém foge deles.

O isolamento social, o avançar da idade, a falta do que fazer pesam muito, e em certos momentos podem chegar à tristeza e à solidão, mas nada que não possam ser administrados, dominados e vencidos. É preciso, sim, coragem e enfrentamento.

São momentos, muitas vezes, inesperados. Na verdade, somos seus alvos centrais. Não escolhemos o momento exato de assumi-los e absorvê-los.

Chegam sorrateiramente e, na maioria, em ocasiões inesperadas e de incertezas.

À medida que envelhecemos, passamos a ficar mais vulneráveis; a solidão passa a se aproximar e fazer morada ao nosso lado; o ócio é danoso, não salutar e angustiante; é aí que a depressão pede passagem, provoca e nos povoa. E, assim, se inicia o caminho, e se constrói a estrada para aqueles que se entregam e se alinham nessa vereda triste e melancólica que é a depressão.

É preciso reagir e vencer esse mal milenar, cada vez mais vivo e ameaçador nesse mundo globalizado de hoje. Vamos à luta, afastar e vencer esse embate cruel que crucifica a vida.

A vida precisa e deve ser vivida em sua plenitude, em todas as suas fases e etapas com alegria e desprendimento. Não se justifica o sentido inverso.

Vamos viver felizes, cada dia, cada minuto, cada segundo como se eles fossem os derradeiros. A vida é uma passagem curta, sem parada e sem volta. Aproveitemos enquanto o trem não para.

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