sábado, 12 de junho de 2010


DO VERDE NASCE
HAMILTON DE SÁ DANTAS

Diz a lenda que Alexandre da Macedônia, filho de Felipe, um dos maiores guerreiros e estrategistas que o mundo conheceu, testamentou a sua última vontade, decidindo sobre a cerimônia do seu enterro: haveria um séquito dos seus médicos, em atitude de humildade, a exposição pública de todos os seus tesouros e que o seu ataúde fosse conduzido aberto, com os seus braços projetados para fora, as mãos espalmadas.
Explicava o jovem general, conquistador do mundo, que queria que os seus súditos soubessem que não há ciência capaz de suplantar a vontade divina; que ninguém leva consigo os tesouros que amealhou na sua vida terrena; e que chegaria na outra vida com as mãos vazias .
Creio que o discípulo do filósofo Aristóteles, cujos atos de estratégia e de beligerância, surpreenderam e estremeceram os povos da antiguidade, aprendeu uma lição de sabedoria : sic transit gloria mundi. Tudo é efêmero. O que conquistarmos do mundo físico e aquilo que nos tornarmos em razão da busca do poder, da riqueza ou da glória, permanecerá aqui. Nada nos pertence e nada será incorporado.
Pois bem, se quisesse, Hamilton de Sá Dantas, juiz federal por vocação e escolha, faria inveja a muitos que ambicionam esses valores dados por Alexandre como inúteis.
Descende de ilustríssima estirpe: do lado paterno é neto do Desembargador Fàbio Máximo Pacheco Dantas, luminar da ciência jurídica potiguar, e bisneto do Coronel da Guarda Nacional Felismino Dantas, fundador do Partido Republicano e o seu chefe político no estado, foi inúmeras vezes Prefeito de Ceará-Mirim e outras tantas vezes deputado à Assembléia Estadual, ambos os patriarcas proprietários, sucessivamente, dos engenhos de açúcar União e Verde Nasce.
Do lado materno, é bisneto de Boaventura de Sá, abastado senhor de engenho, proprietário do Engenho Capela. É também bisneto do Coronel Manoel Pinto, ilustre cidadão e proprietário de terras do município de Ceará-Mirim.
Seu pai, Herbert Washington Dantas, carinhosamente conhecido como Betinho, foi proprietário do Engenho Varde-Nasce, esteve no exercício do cargo de Deputado Estadual e, dentre outros projetos que concebia com visão futurista, deslocado do seu tempo, destaca-se o da construção de uma ponte rodo-ferroviária sobre o rio Potengi, antecipando-se à inevitável corrosão da estrutura de ferro, alcançada pela maresia, da ponte que serviu durante anos aos comboios ferroviários e, subsidiariamente, à travessia de veículos automotores.
O “visionário” Betinho, pai do nosso perfilado, foi vereador e depois candidato a Prefeito de Ceará-Mirim e, segundo pesquisa mandada aplicar pelo então Prefeito de Natal, Agnelo Alves, um dos líderes do MDB, sua vitória era fato consumado, não fosse a falta de oxigenação no dia das eleições. Fui um dos coordenadores da campanha do pai do meu amigo Hamilton e daqueles que tinha certeza de que, uma vez eleito, Herbert Dantas faria uma das mais eficientes gestões municipais dentre as Prefeituras do estado.
Filho, neto e bisneto de políticos, senhores de engenho e de personalidades que se puseram adiante do seu tempo, essa a herança recebida pelo hoje juiz federal, menino da bagaceira do engenho Verde-Nasce, Hamilton.
Por esses vieses, por ser quem é porque quis ser assim, faço introdução ao relato da pessoa humana, muito humana, do meu amigo Hamilton, a quem apelidei na juventude de Conde de Sá Dantas. Um que tem a percepção de que é mais sábio, coerente e justo, buscar a própria evolução através do cultivo de valores pessoais que enriqueçam ao espírito, que o de vangloriar-se de suas ascendências e amealhar o ouro e a glória que, bem a propósito, são estigmatizados num dos mais eloqüentes e reflexivos epítetos sobre o assunto, utilizado como título de um dos livros de autoria de Álvaro Lins “A glória de César e o punhal de Brutus”.
Toda a glória conquistada por onipotente Júlio César, jazia ali, aos pés do traiçoeiro Brutus, vítima do seu punhal.

Na segunda metade dos anos cinqüenta, a turma de internos composta por cearamirinenses era uma das mais numerosas do colégio Marista: Gilberto Sobral, Marcelo Varela, Gilberto Brandão, Chiquinho (Francisco de Assis) Dantas Barreto, Hamilton Dantas e eu.
Desses, só Hamilton e eu fazíamos parte da “turma dos menores”, assim considerados os que tinham até doze anos. Os outros eram “maiores”. Talvez por isso, pela idade e pela partilha da terra comum, os dois tivemos um relacionamento mais estreito. E talvez só essas circunstâncias expliquem a nossa amizade, porque éramos muito diferentes.
Enquanto Hamilton era “endiabrado”, expansivo e popular, eu era tímido, introvertido e pouco dado a amizades. Dedicava-me à leitura e aos estudos e Hamilton às brincadeiras e práticas esportivas. Vivia “de castigo”, de pé contra a parede, vítima, principalmente do nosso irmão “regente” – de fato um ditador – a quem chamávamos sugestivamente de “Polón”, numa alusão ao ditador argentino Juan Manuel Perón.
No entanto, Ceará-Mirim era um apelo muito forte e nos encontrávamos nos fins de semana e nas férias, nas “peladas” com bola de borracha nos campos improvisados, de nomes geograficamente apropriados – campo do cemitério, da maternidade e do motor e também nos víamos no sobe e desce das movimentadas ruas da cidade.
Alguns anos depois, operou-se um milagre: Hamilton tornou-se um aluno exemplar e criatura de trato afável e gentil, quase cerimonioso. Do antigo menino hiperativo, restou apenas a mania andarilha. Percorria longas distâncias, sempre com muita rapidez. Parecia estar em toda parte. Quando e onde menos se esperava, aparecia sempre um Hamilton sorridente. Tantas vezes o fenômeno se repetiu que às vezes o tratávamos por “deus”.
Tornamo-nos, nessa época, grandes amigos, dessas amizades que se estendem pela vida toda, com a cumplicidade do congraçamento familiar e de escolhas comuns.
Fomos internos no Marista durante cinco anos, de 1955 a 1959 e só nos separamos no então chamado curso colegial. Fui para o Atheneu e ele permaneceu no Marista. Mas a nossa terra querida nos reunia, e, mais do que ela, a praia de Muriú dos nossos encantamentos.
A amizade naquele tempo, quando era verdadeira e divorciada de interesses subalternos, era um compromisso integral que envolvia a família inteira, pai, mãe, irmãos e irmãs. Assim, passei a ter uma nova família no lar de Herbert (Betinho) Dantas e dona Nilcéa, ganhando novos “irmãos”, Naide, Neire, Nalba, Haroldo, Nadege, Helder, Naíse, Hermes, Nice e Nadir. Depois de algum tempo, chegaram os fins de rama, Herbert Júnior e Nadja. E, infortunadamente, tempos depois, Helder e Hermes se foram, deixando-nos enlutados.
Fascinava-me a desarrumação harmoniosa do casarão da Praça Barão de Ceará-Mirim, onde moravam os Sá Dantas, vizinho ao Colégio Santa Águeda. A aparência de desarrumação era conseqüência da movimentação de onze crianças saudáveis (depois treze), vale dizer, ativas, com muita energia, e nenhuma babá. Era dona Nilcéa, com um sorriso doce e tolerante, quem conduzia a parte harmoniosa. Andava sempre, como se dizia naquele tempo nas cidades do interior sobre as mulheres fecundas, com um menino no ventre, um no colo e outro pela mão.
Sempre me seduzia a placidez da mãe de Hamilton. Nem parecia que tinha que cuidar dos onze filhos, da administração da casa e do “em torno” do marido. Acho mesmo que Nossa Senhora a auxiliava, deitando sobre ela o diáfano e bem aventurado manto azul para dar-lhe conforto e paciência, para compensá-la de tanto sacrifício.
Filho exemplar, desvelava-se em carinhos pela mãe e convivia harmoniosamente com o pai, um pai de família de temperamento severo, intolerante em questões de desvios de conduta dos filhos, ao modo como se educava à época.
O avô paterno passou algum tempo com a família e nesse tempo testemunhei a dedicação não apenas dos familiares, mas especialmente de Hamilton. O meu amigo sofria, relevava e defendia os desvarios do avô, o desembargador Fábio Dantas, em avançado estado de esclerose. (Faço um parêntese para recordar certa vez em que Herbert Dantas, diante da irreversível demência do pai, avô de Hamilton, com lágrimas nos olhos o enlaçou pela cintura. O meu amigo também chorou – pelos dois, e eu pelos três.)
Irmão vigilante, mas liberal, era o preferido das meninas e o líder dos irmãos. Impunha-se pelo exemplo e era mimado em retribuição ao tratamento carinhoso que dispensava às irmãs.
Cursamos Direito juntos. Estudamos para o vestibular na casa que o seu pai mantinha, na rua Jundiaí, 444, até hoje serventia da família. Ele, Luciano Limeira e eu. Nunca fizemos cursinho pré-vestibular e fomos aprovados incontinenti à conclusão do segundo grau.

No Ceará-Mirim daquele tempo (fim dos anos cinqüenta para os anos sessenta) nós tínhamos poucas opções para o divertimento, mas bastante imaginação para criá-lo.
Formávamos um trio inseparável: Hamilton, Afrânio Cavalcanti e eu. Jogávamos sinuca no bar de “seu” Joao, na rua São João, tomávamos banho no Diamante do senador Augusto Meira, caçávamos rolinhas e nambus, íamos ao cinema, reuníamo-nos no murinho do “centro” e à noite na esquina da “venda” de Chico Dantas para as conversas longas que duravam até dez horas, horário em que o gerador que fornecia energia à cidade era desligado.
Ficamos tão habituados ao horário de encerramento das nossas reuniões, que, mesmo quando a cidade recebeu a energia de Paulo Afonso (Chesf) nos despedíamos a essa hora.
Hamilton sempre foi uma criatura incomum, como se vivesse em constante evolução, policiando-se, remodelando-se, controlando os impulsos, embora tivesse sido uma criança e um adolescente inserido no mesmo contexto e com os mesmos hábitos e modismos de sua geração.
Refiro-me ao seu polimento, às advertências que fazia quanto às nossas pequenas transgressões, ao temperamento judicioso que o levaria por gravidade ao cargo de magistrado.
Lembro do seu sorriso sempre contido, reservado, mesmo quando os olhos brilhavam de alegria e de prazer. Tinha o hábito de por a mão aberta ocultando a boca, não sei porque, talvez para esconder o sorriso que carregava perenemente, não sei também porque. Aliás, o “diário” de Hamilton deveria ter muitos porquês e poucas respostas. Ele às vezes manifestava muita estranheza diante de alguns hábitos e de algumas condutas, mesmo que não as censurasse.
No futebol de beira de praia, não dividia a bola com a mesma agressividade com que nós o fazíamos, nem devolvia as “entradas” mais duras que lhe davam, preferia vingar-se com dribles e toques próximos da perfeição, pois era um excelente jogador.
No jogo como na vida. Eis porque cultivou amigos, parceiros e admiradores. É uma unanimidade inteligente, com atestado virtual firmado pelo próprio Nelson Rodrigues como exceção à regra.
Depois, fomos colegas de escritório, patrocinados por Emmanuel Cavalcanti, que se tornou orientador dos nossos primeiros passos na advocacia. Era uma sala minúscula no edifício 21 de março – a de número 103, se não me falha a memória, pertencente à maçonaria. Praticamente nos acotovelávamos, Emmanuel, Hamilton, Cícero Pinto, rábula e farmacêutico, experiente nas práticas forenses e no trato político, depois Prefeito de São José de Campestre e eu.
Transitar entre quatro birôs com duas cadeiras cada um, num espaço que acomodava com relativo conforto, apenas duas pessoas, era tarefa complicada. Hamilton acumulava o ofício liberal, com a função de promotor adjunto de uma das varas da comarca de Natal e ainda era repórter da Tribuna do Norte.
Separamo-nos um ano depois, quando improvisei um escritório a partir da reforma de uma garagem do Dr. Raul Fernandes, frente-a-frente à antiga sede do cartório do meu amigo Jairo Procópio, na Vigário Bartolomeu.
Tempos depois me comunicou que havia sido aprovado em concurso para assessor jurídico da Sudeco – Superintendência do Desenvolvimento do Centro Oeste e iria trabalhar em Brasilia. De lá, foi aprovado em concurso para Juiz federal e permanece até hoje na capital federal, onde constituiu família.
Mas não desatou os laços com Ceará-Mirim. Conserva, como patrimônio da família, ainda moendo, o engenho Verde-Nasce que o pai herdou do avô, e mantém perene e constante a temporada de verão em Muriú, na mesma casa onde, criança ainda, foi embalado pelo marulhar suave daquele pedaço paradisíaco do Atlântico e foi banhado pela lua mágica e vaidosa refletida no espelho das águas nas noites mornas do verão.
Guardo algumas boas lembranças da amizade leal e sincera de Hamilton.
Apaixonei-me (quem não o fez, atire a primeira pedra) por uma bela pernambucana de olhos verdes e fui por ela correspondido. Era filha de um rico personagem da alta sociedade pernambucana. Logo eu? Filho de um médico paupérrimo, com o agravante de ser comunista? Ainda assim, a paixão prosperou, mesmo sob protestos e mil recomendações dos responsáveis por sua estadia em Muriú.
Tanto fizeram, como na letra da música “Pois é”, que houve a separação.
No carnaval tentei uma aproximação, mas a “guarda vermelha” exercia uma severa vigilância. Afinal, soube que ela iria “brincar” o carnaval num dos blocos de elite de Natal – o Xamego.
Pedi, então a Hamilton, que era um dos animadores do dito bloco, que conseguisse a minha admissão. O meu amigo lutou com unhas e dentes, mas o meu nome era sempre vetado. E o motivo dado como justificativa era o mais torpe: porque eu era pobre e era muito alta a “jóia” correspondente ao ingresso. De fato, isso era verdade, mas essa era uma meia-verdade que encobria o verdadeiro motivo: evitar o meu reencontro com a bela pernambucana de olhos verdes.
Sem solução, Hamilton anunciou a sua renúncia à condição de sócio e, em face de decisão tão radical, os censores voltaram atrás e fui admitido no bloco. Um beau geste.
Recordo, com orgulho e nostalgia, que a minha mãe-cúmplice providenciou tudo: comprou o tecido da blusa e dos shorts e contratou a mais famosa costureira da cidade, Trindade, para confeccioná-los; em seguida, baixou o preço das toalhas de mesa de frivolité que fazia e comercializava para aumentar a renda familiar, no intuito de vendê-las com rapidez, o que de fato aconteceu, e me deu o dinheiro da “jóia”.
De fato, não consegui demover a ex-namorada, mas isso é outra estória. Valeu o gesto do meu companheiro, expondo-se à privação da festa maior da nossa juventude, em nome da amizade.

Até 1970 não exercera a advocacia profissionalmente, embora tivesse me graduado em 1967. Provia um bem remunerado cargo em comissão de diretor do Departamento do Patrimônio de Natal, nomeado pelo então prefeito Agnelo Alves e mantido por seu sucessor Ernani Alves da Silveira.
Depois de patrocinar, com nome alheio, algumas esparsas mas exitosas demandas judiciais, decidi advogar. Consultei o amigo Hamilton sobre a possibilidade de instalar-me no seu escritório, ignorando o fato de que ele o dividia com dois outros colegas, como me referi no início, ou não teria enunciado esse desejo.
Vai daí que dois ou três dias depois, pergunta-me se tenho condições de comprar os móveis. Não tinha, porque pedira exoneração do meu cargo, que me incompatibilizara para o exercício profissional.
Não teve problemas, ajustou com Cícero Pinto o meu “estacionamento” no birô do rábula, que, entre a farmácia e as articulações políticas em Campestre, raramente comparecia ao escritório. Só algum tempo depois, pude adquirir o mobiliário que entulhava o escritório.

Éramos ideologicamente opositores. Ele, carimbado como “direitista” ou “reacionário” e eu, “esquerdista” ou pejorativamente taxado de “comuna”. Hamilton idolatrava Carlos Lacerda, a sua coragem e, sobretudo, os seus dotes de orador político combativo e contundente, temido pelos “esquerdinhas”.
Discutíamos muito nos saguões da Faculdade de Direito. Nessa questão, não transigíamos. Diria até que era nosso único foco de divergência, assumindo muitas vezes o caráter de uma contenda pessoal, já que em algumas ocasiões partíamos para as agressões do tipo “burro”, “medíocre”, “retrógrado”, “lacaio de Moscou”, “anticristo”, e por aí andavam nossos insultos,
Havia uma espécie de desalinhamento automático entre esquerdistas e direitistas: qualquer tese política ou cultural defendida por um, já contava com a oposição do outro. No entanto, quando fui candidato a vice-presidente do Diretório Acadêmico Amaro Cavalcanti, numa chapa considerada “de esquerda”, disse-me que votara comigo, em homenagem à nossa amizade. Mas não ficou assim “de graça” o enviesado apoio. Arrematou que avaliara mal – pensara que eu seria derrotado e fui eleito. Que lamentava ter sido “um inocente útil” a serviço dos “vermelhos”.
Preciso dizer mais?

Talvez. Falar do carinho e da reverência com que tratava o avô Cândido Pinto, um homem arrastado ao infortúnio que perdera a posição social e a abastança – fora interventor do município de Ceará-Mirim e participou do movimento “tenentista” - sobrevivendo como servidor subalterno de uma repartição pública na cidade de Goianinha.
Falar da importância que conferia ao alcoólatra e sifilítico Lourival, que havia prestado serviço aos americanos na época da guerra e falava inglês desembaraçada e fluentemente, língua que ambos cultivávamos e não perdíamos oportunidade de submetê-la à prova de fogo. Da partilha dos nossos parcos centavos para ajudá-lo nas suas necessidades de sobrevivência e, sabíamos, de sustentação do vício.
Do modo simples e respeitoso como sempre tratávamos os mais humildes, sem distinguir os amigos entre pobres e ricos, ilustres ou anônimos e da nossa arrogância frente à pompa e circunstância dos poderosos de então.
Do nosso afã de conhecimento, do saber, da busca da verdade onde quer que ela se encontrasse. Como éramos puros, meu Deus! Como éramos inocentes na crença de tantas quimeras!
Então, vieram os idos do mal do século e fomos forçados a vestir armaduras completas, inclusive com elmos que dissimulassem o nosso verdadeiro perfil, para que lográssemos sobreviver. Que pena! Tornamo-nos órfãos, sem a paternidade ou a tutela das nossas sadias e estimulantes ilusões.
Ao vencedor, as rapaduras ou os relatos lamuriosos das memórias.


PEDRO SIMÕES – Professor de Direito aposentado. Escritor e Advogado.

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