domingo, 29 de julho de 2018



A CRÔNICA – SUA IMPORTÂNCIA PARA A HISTÓRIA
Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor

A propósito de comentários na TN de hoje, coluna Jornal de WM, coletei opinião lisonjeira do nosso mais longevo cronista a propósito de um modesto ensaio que publiquei recentemente tratando sobre As Confrarias e o Tempo, volto-me para reavivar a importância da crônica – gênero literário que narra, no tempo e num espaço, os fatos mais relevantes do cotidiano, em suas múltiplas vertentes, deixando registro para a história do porvir.
Woden, um dos nossos maiores cronistas, se ombreia com outros tantos do passado, como Câmara Cascudo, os irmãos Eloy e Henrique, Aderbal França, Edgar Barbosa, Sanderson Negreiros, dentre muitos outros e traz a lembrança de Confraria que omiti, como no caso dos Gatos Pretos, que teria surgido em 1956, como marco de uma boemia despreocupada e sadia – até espiritual, que congregava figuras imortais da província natalense.
Com o mesmo espírito das afamadas Confrarias da rua do Ouvidor, reveladoras de Machado de Assis, Lima Barreto e outras onde pontificaram João do Rio, Rubem Braga, Nelson Rodrigues e outros monstros sagrados, os rapazes de Natal, reunidos na Confeitaria Equador, com destaque para Newton Navarro (Gato Félix), Moacyr de Góes (Gato de Botas), Sequiz Farkatt (Gato Persa), Chagas Oliveira (Gato Tira), Expedito Silva (Gato Rajado), Jurandir Tahin (Gatinho), e Celso da Silveira (Gato Mourisco).  Agregados, ainda existiam os Bichanos: Paulo Oliveira (Mimi), Berilo Wanderley (Angorá), Omar Pimenta (Escaldado), Márcio Marinho (Almofada), Hélio Vasconcelos (Cego) e Albimar Marinho (Molhado).
Conheci todos eles e, com alguns, cheguei a conviver nas suas tertúlias de fraternidade, pois fui um menino precoce em razão de ter abraçado as incursões artísticas desde os dez anos.
Aliás, Aurino Araújo, outro cronista local, vem desfilando em sua coluna - Crônicas da Velha Ribeira, um conjunto de informe valiosos para enriquecer o assunto, como recentemente o fez sobre a Confraria de Dudu.
Fora isso, já tenho encontros marcados com o médico Edson Gutenberg e o escritor Fred Rossiter para ampliarmos o elenco das Confrarias, sobre as quais pesquisarei suas histórias para uma 2ª edição do meu livreto, sempre no sentido de oferecer aos saudosistas, o que melhor existia e existe nesse campo de confraternização, cultura, informações e divagação espiritual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário