sábado, 19 de maio de 2012


Deu no Jornal de WM

            Neste sábado a TN, na coluna de Woden, tivemos a oportunidade de ler um trabalho realmente de invulgar importância, seja pelo seu estilo de narrar, seja pelo conteúdo firme da sua mensagem.

            Trata-se de um e-imeio deixado, como diz Woden, na bacia das almas pela figura de Jesus de Rita de Miúdo, que perdoem a minha ignorância, mas não sei se é pessoa de mesmo ou um personagem nascido da inteligência do jornalista.

            Pois bem, a referida correspondência virtual representa um “desabafo” pelo descaso das coisas sérias pelos governos sem seriedade – “Hoje, lendo e vendo os jornais, revoltei-ne logo cedo. Vou assistindo e percebendo os direitos básicos do cidadão, que são os deveres básicos do Estado (Saúde, Educação e Segurança) há muito privatizados. Foram sim privatizados. Só os que podem pagar vivem os serviços com qualidade.O Estado aí se omitindo e se ausentando de suas responsabilidades e o cidadão, por pura inércia, cansaço ou falta de esperança, vai se acomodando e se apertando financeiramente.”

            Esse também é o meu pensamento, sempre divulgado em meu Blog (http://cmirandagomes.blogspot.com), com pouca audiência, mas firme no propósito do seu editor em continuar, apesar da idade, com a plena capacidade de indignação.

            Faço minhas, as palavras do missivista, quanto a falência do sistema administrativo da “coisa pública” – O Estado enriquece na mesma proporção que a nação empobrece.

            A veleidade impera agora em todos os Poderes, com renovação de escândalos, desvios do dinheiro público, insensatez, arbitrariedade, sandice e prepotência. Aí está o escândalo dos Precatórios; escolas desaparelhadas material e pedagogicamente; merenda estragada; hospitais sem médicos e sem material de atendimento à população; gastos perdulários com obras suntuárias em detrimento do atendimento básico das necessidades básicas reclamadas.

            Não bastasse isso, tivemos uma série de novas notícias negativas, como a questão do prejuízo para a pecuária do Estado, mercê da falta de ação do Estado no controle da vacinação; o gado morrendo de sede no sertão, enquanto protocolos são celebrados com pompas para estudar uma possível solução a longo prazo; a polícia desaparelhada, porque os veículos locados, à falta de pagamento, foram recolhidos pela locadora; crise no setor turístico, cuja Pasta está sem comando; magistrados da vara da infância e juventude atordoados com a falta de providências para a solução de internamento de menores infratores. Presídio há mais de dez dias sem energia elétrica.

            O Estado, em sua concepção estrita, é uma Entidade criada pelo povo para lhe dar garantias de uma sobrevivência condigna. Dessa forma, a criatura é refém do criador – o povo. Quando o Governo não atende a vontade do criador, está na hora de uma revisão de conceitos.

            Alguma coisa tem que ser feita a fim de que o povo não procure resolver os seus problemas com suas próprias mãos!

            Proclamei a minha crença de que com a Lei da Ficha Limpa estaríamos livres, por oito anos, dos políticos que ardilosamente renunciaram os seus mandatos, quando acossados com processos éticos ou foram condenados por órgãos colegiados da Justiça ou equivalentes, em decisão de segunda instância, apesar da relutância de alguns, de que tal decisão afrontaria o princípio da presunção de inocência. Acreditei que estaria terminado o recrutamento para cargos importantes, de servidores que nunca demonstraram esforço em suas funções ou pessoas derrotadas nas urnas, que procuram sustentabilidade de poder.

            É fundamental que os Chefes dos Poderes fiquem atentos para a escolha dos seus auxiliares, exigindo deles, igualmente, “ficha limpa”, pois do contrário poderão ser responsabilizados pela escolha equivocada dos envolvidos em processos por improbidade, ou que tenham abusado do poder político ou econômico para se beneficiar ou beneficiar outras pessoas.

            Será?





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