DIA DOS PAIS
Por Carlos Roberto de Miranda Gomes
Todos os dias devemos cultuar nossos pais, pois eles nos mostram ou mostraram o caminho da vida. Aos que se foram ficaram a gratidão e a saudade e aos que ainda estão nesta dimensão da existência o abraço pela passagem do seu dia.
Fui pai quatro vezes e os meus filhos me deram sete netos, suficiente para uma grande e feliz confraternização no dia de hoje.
Mas este momento, para os pais, não é somente festa, mas profunda reflexão sobre os dias futuros para a sua prole, haja vista a progressiva violência que testemunhamos em nosso País, que não é diferente nas demais nações.
Por outro lado, a incerteza econômica e financeira representam motivo de nova preocupação, porquanto os pais trabalham toda a sua vida investindo nos filhos e preparando algum lastro econômico para a continuidade familiar, presentemente ameaçada com indicativos de criação de empecilhos legais para o recebimento de herança, numa voracidade oficial extrema que desanima e entristece.
As criaturas que governam, de repente esquecem, que o Estado em seu sentido lato é uma ficção jurídica necessária para garantir e controlar as relações dos seus súditos, nunca exterminá-los. O Estado é uma criatura e as pessoas são as criadoras. Não deve a primeira voltar-se contra a segunda.
A legislação, os projetos e as políticas públicas devem sempre ter a direção da população e para ela conduzir todos os esforços possíveis. Infelizmente isso está invertido, os governados são cada vez mais perseguidos - uma verdadeira nova modalidade de escravidão, bastando ver o tratamento que se dá aos Entes Públicos mais frágeis, com repercussão nos seus cidadãos.
Mas, de qualquer sorte, hoje é dia para se comemorar ou recordar aqueles que são ou foram condutores dos seus descendentes, alargando-se num dimensão incalculável, alcançando todas as famílias independentemente de credo, raça ou riqueza.
Que Deus fortaleça a justiça que merecem os pais e suas famílias, no engrandecimento da Democracia e dignidade da pessoa humana.
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