Lembrei-me muito de você nestes últimos dias. E ao lado desta lembrança um poema recorrente, escrito no século XIX por uma
poetisa inglesa de origem italiana, Christina Rossetti. E ocorreu-me como se sua amada pedisse para levá-lo até você. Aqui está, na bela tradução de nosso Manuel Bandeira:
Remember
Recorda-te de mim quando eu embora
For para o chão silente e desolado;
Quando não te tiver mais ao meu lado
E sombra vã chorar por quem me chora.
Quando não mais puderes, hora a hora,
Falar-me no futuro que hás sonhado,
Ah! de mim te recorda e do passado,
Delícia do presente por agora.
No entanto, se algum dia me olvidares
E depois te lembrares novamente,
Não chores: que se em meio aos meus pesares
Um resto houver do afeto que em mim viste,
– Melhor é me esqueceres, mas contente,
Que me lembrares e ficares triste.
...................
AMOR SEM FIM
(À
amada imortal)
Já me deste provas
Que me amas sempre
E que nosso amor
Não pertence ao tempo
Não pertence ao tempo
Mas à eternidade
Desconhece falta
Ou necessidade
Nasce e renasce
E perfeito assim
Em qualquer das vidas
Não conhece fim
(Horácio Paiva)
Com a solidariedade e o abraço fraterno de seu amigo,
Horácio Paiva. (No anexo, há um poema meu, AMOR SEM FIM)
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