Do livro de poemas “Aqui hago justicia”, de Alfredo Pérez Alencart, com traduçãode de António Salvado, em homenagem ao escritor potiguar François Silvestre de Alencar:
Orfandade
Perder um pai
é perder um imã.
Mas tu não és
daqueles que se redobram,
ainda que te atirem
látegos ferozes.
Perder um pai
é nascer duas vezes
saudando ausências
com as mãos
escondidas.
Mas tu não és
engolidor de tristezas:
maduras
em plena infância
e continuas inocente
na tua idade madura.
Perder um pai
é perder
uma luz que não tem
princípio ou fim.
O QUE HÁ EM TI E EM MIM
Ivam Pinheiro
Descobri agora que há em ti
A leveza do voar do colibri
O encanto belo de uma flor
O amor imantado no coração
Sensação guardada no amor
Desejo de ternura e emoção.
Achei querer bem no olhar
O seu sorriso lindo estava lá
Já perfeito de alegrias e luz
O teu ser é imensidão e há
Ensejo de graças que seduz
Sonhos e desejos de cantar.
Cantar o amor no teu nome
Beijos doados em voz rouca
Louca paixão na agonia some
O amor supera a sua timidez
E o grito de gozo sai da boca
Amor que recusa um talvez.
DEL AMOR QUE PERMANECE
Lúcia Helena Pereira
Háblame de ese amor que queda
en el perfume de la rosa que te dí
y deshojaste en la madrugada insomne.
Preciso saber de ese amor inmenso,lento,volviendo
para quedar un día, preso entre nosotros dos
Concha del mar,luna de abril, brisa que el viento agrede
Háblame de esa rosa que queda
en un jarro de vidrio azul desvanecido
donde ella se destaca y se duerme
amaneciendo en un sudor de luz.
Háblame de ese amor que queda en la dulzura de un cansancio de esperas
En la luminosidad de un día festejado de sol
en la hora íntima de juntar nuestros cuerpos ...
y manos!!
Preciso de esa sonrisa tuya,amorosa
de la traslúcida hora de afecto y de orgasmo
de una flor,prendida al gajo
y desprendiéndose,pariendo solita
Háblame del amor que queda eterno
Lindo y lírico,pleno de noches y madrugadas
el amor que nada pide,recibe
Y se dá!
(tradução)
DO AMOR QUE FICA
Lúcia Helena Pereira
Fale-me desse amor que fica
No perfume da rosa que te dei
E desfolhaste na madrugada insone.
Preciso saber desse amor imenso, lento, chegando
Para ficar um dia, preso entre nós dois,
Concha do mar, luar de abril,
Brisa que o vento agride.
Brisa que o vento agride.
Fale-me dessa rosa que fica
Num jarro de vidro azul esmaecido,
Onde ela se destaca e adormece,
Amanhecendo em suor de luz.
Fale-me desse amor que fica
Na doçura de um cansaço de esperas,
Na doçura de um cansaço de esperas,
Na luminosidade de um dia festejado de sol,
Na hora íntima, de juntarmos nossos corpos...
E mãos!
Preciso desse sorriso seu - amoroso,
Da translúcida hora da afeição e do orgasmo
De uma flor, presa ao galho,
E se desprendendo, parindo sozinha...
Fale-me do amor que fica - eterno,
Lindo e lírico, cheio de noites e madrugadas,
O amor que nada pede, recebe
E se dá!
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