Mais uma Outra Carta Avulsa de outono (2023)
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes
Quase no iniciar do inverno, tomo de volta a coragem de escrever, desta feita movido pelos fatos sociais e políticos que ocorrem nesse nosso querido Brasil.
Primeiramente, deploro inúmeras mensagens recebidas pelo WhatsApp em que se coloca o nome do nosso País como Brazil - perdemos a nossa identidade perante o resto do mundo?
Pelo lado político parece que sim, nosso governo cantando loas para as pessoas e doutrinas estranhas ao nosso sentimento nativo, este sempre albergado na Cruz de Cristo.
Os recentes acontecimento no Planalto nos impele a termos vergonha de sermos honestos quando se vê em um dia o firme propósito de parlamentares em não reduzir os mecanismos de salvação da nossa natureza através de Ministérios que lutam pela preservação e, no outro dia, contrariando as notícias de uma imprensa insegura, aprovando uma medida provisória que desmonta um Projeto de Estado que teve peso na hora da escolha dos novos governantes, mediante outra notícia de que mais de um bilhão de reais havia transitado nos acordos para obtenção desse resultado.
Este meu blog jamais se intrometeu em questões políticas partidárias e assim continuará, mas como cidadão e homem político na percepção Platônica, sou forçado a dar meu testemunho, fazer o meu protesto, em nome do futuro dos meus netos.
Outro relance desta Carta prende-se ao comportamento social, que claramente se corrompe em todos os vértices da caminhada existencial - no percorrer as ruas (tão diferente quanto aquela foto que recebi do meu irmão do coração Adilson Gurgel, onde se vê a rua do Ouvidor com transeuntes bem vestidos, sem pedintes ou maltrapilhos), sem nenhum preconceito com os mais desvalidos, mas como denúncia da falta de empregos, de política econômica que permita o cumprimento da tarefa mais sagrada do ser humano, o direito ao trabalho e à dignidade humana.
Esse trajar já não existe no mundo atual, seja nas ruas, nas igrejas, nas reuniões, nos velórios e até nas sessões magnas acadêmicas, onde não se dá ao traje a indicação de respeito ao ambiente.
Sei muito bem, que estes são os últimos atrevimentos de um homem velho, descendo aceleradamente os degraus da existência, que deixa como legado poucos haveres e muitos saberes e quer ser lembrado sempre como um homem honrado, simples e solidário.
Para tirar o amargor desta minha Carta, gostaria de enfatizar que, apesar da pouca saúde e de uma idade provecta, ainda consigo laborar em benefício das instituições às quais pertenço até o canto final da jornada. Mas, só deixo o meu Cariri no último Pau de Arara.
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