Cartas avulsas de Natal
O inverno chegou
Carlos Roberto de Miranda Gomes
Vencemos o outono com chuvas e trovoadas, até mais da conta para a estação da colheita, da transição entre o verão e o inverno. Ao invés da esperada queda das folhas e dos frutos, tivemos a queda de muita água.
Sem entender bem os fenômenos da natureza, avalio os bons e necessários momentos de recomposição das reservas hídricas, mas estranho o excesso de chuvas com feição de enchentes, deslizamentos de barreiras e até de um ciclone devastador no Rio Grande do Sul, fenômenos não comum nas plagas gaúchas.
No plano internacional herdamos dois episódios constrangedores – o desaparecimento de um submergível em viagem de lazer precipitado para ver a carcaça do Titanic, por si só uma história trágica e que até o momento sem se saber o paradeiro, deixando-nos numa expectativa constrangedora e impondo a invocação do Criador para indicar um caminho de volta; o outro é a continuidade da destruição deixada pelas batalhas na guerra Rússia x Ucrânia, com o desafio de encontrar um caminho capaz de estancar o derramamento de sangue de inocentes e destruição de equipamentos urbanos que foram construídos com tanto sacrifício.
Até quando o homem continuará a ser o lobo do homem nessa luta inconsequente pelo poder?
A diplomacia mundial parece não ter evoluído após os dois conflitos mundiais, senão alimentando os protagonistas com promessas ideológicas e artefatos de guerra, sem atentar para as milhares de vidas sacrificadas, distanciando-se, cada vez mais, do ansiado armistício.
É lamentável, em pleno Século XXI, o poder e o interesse econômico sejam motivos de um conflito bélico, sem se atentar para as milhares de vítimas, numa repetição nefasta dos anos 1914-1918 e 1939-1945.
Deus, não os perdoe – eles sabem o que estão fazendo!
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